Um dos nomes mais cotados para para a chefia do Ministério da Saúde, o suposto psiquiatra e olavista, Ítalo Marsili, em recente entrevista na internet ataca os direitos da mulher afirmando que o voto feminino é um retrocesso para a democracia, o que justifica usando argumentos bizarros verdadeiramente dignos de intelectuais formados por Olavo de Carvalho. Fato é que o candidato ao ministério além de reforçar toda a catástrofe que a população sofre na saúde por iniciativa da burguesia, e intensificada pela pandemia do coronavírus, representa mais uma ameaça para as mulheres.
As mulheres são um grupo especialmente atingidos pelos males do capitalismo, com o agravamento da crise capitalista pela pandemia são ainda mais castigadas. São as primeiras a ter direitos reduzidos ou mesmo extintos, como se viu acontecer com os direito trabalhistas relacionados à gestação para reduzir gastos dos patrões; têm sofrido com a violência doméstica que cresceu com o isolamento social sem nenhuma medida especifica para essas mulheres; estão entre os principais alvos do desemprego da falta de moradia e da fome. Tudo isso devidamente promovido pelo Estado burguês e seu compromisso de salvar a burguesia às custas do povo.
Logo,os ataque sofrido pelas mulheres no governo fascista de Jair Bolsonaro, assim como em qualquer governo direitista, vão muito além das palavras, as mulheres são fortemente atacadas na prática. Por isso a luta das mulheres contra o governo Bolsonaro não pode ficar presa a combater as declarações fascistas que exalam de seus membros, todos eles inimigos das mulheres. A direita não vai passar a se importar com as mulheres por terem suas declarações refutadas, é preciso ter claro que a direita age defendendo seus interesses e seus interesses são o posto dos interesses das mulheres e da classe trabalhadora; mais ainda, para fazer valer seus interesses a burguesia os explora e massacra.