Nesta semana, ocorreram dois fatos políticos muito importantes. O primeiro foi o ato realizado no dia 20/5 (quarta-feira), o PCO, junto com militantes do PT, da UP, do Comitê Fora Bolsonaro e dos Comitês de Luta contra o Golpe de Brasília realizaram importante manifestação pelo “Fora Bolsonaro”. O ato acabou por afugentar os fascistas da Praça dos Três Poderes e deu impulso para as manifestações de rua.
No dia seguinte, os seis partidos de esquerda (PCO, PT, Psol, PCdoB, PSTU, PCB e UP) e mais 400 organizações populares e sindicais apresentaram na câmara dos deputados um pedido de impeachment de Jair Bolsonaro, o presidente ilegítimo, golpista e fascista que está levando o país a um genocídio durante a pandemia do COVID-19.
Nesse importante momento político de enorme crise dentro do governo Bolsonaro e da direita golpista, a iniciativa de sair às ruas é decisiva. Isso porque, mesmo protocolado o pedido de impeachment pela esquerda e com o apoio de setores da burguesia, é necessário que os trabalhadores estejam organizados e pressionando nas ruas para que não haja mais um golpe da direita ou até dos militares em apoio a Bolsonaro.
A população organizada e nas ruas, realizando atos e manifestações, não é uma mera opção da esquerda, mas uma necessidade para a defesa dos interesses dos trabalhadores e da população pobre diante das ameaças realizadas mais de uma vez pelos generais bolsonaristas. Apenas protocolar o pedido de impeachment e tentar pressionar os parlamentares e a justiça por meio de panelaços e tuitaços não vão mudar em nada a situação.
Panelaços e tuitaços somente confirmam a rejeição da população por Jair Bolsonaro e pela direita golpista, o que víamos desde que tomou o poder e que está cada vez mais evidente. É necessário dar os próximos passos para a derrota final do governo.
Diante da situação atual de crise econômica e sanitária agravada pela pandemia de coronavírus, a população e os trabalhadores têm-se mobilizado e realizado pequenas manifestações por todo o país. Professores, motoristas, motoboys, entregadores de refeição, setores dos correios, e muitos outros, mobilizam-se para se defender dos ataques dos patrões que se aproveitam da situação para demitir e cortar salários. Há também manifestações contra a violência policial nos bairros populares e contra a falta de atendimento à saúde.
Houve também as torcidas organizadas indo para cima das manifestações fascistas em diversos locais do país e dispersando a direita fascista nas ruas.
Essa tendência a ir às ruas deve ser apoiada e impulsionada pelas organizações de esquerda, em lugar da campanha moralista e vazia do “fica em casa” e deixar para nos organizarmos quando a pandemia passar. Em primeiro lugar, não se sabe minimamente quando a epidemia vai passar, se é que vai passar.
Não há como derrotar a direita golpista, Bolsonaro, os militares e suas milícias fascistas ficando em casa ou só nas redes sociais. É preciso mobilização e colocar o povo nas ruas de maneira organizada para derrotar Bolsonaro. Essa é a única possibilidade.