Na sexta-feira, 10 de abril, a rede pública de saúde de Manaus entrou em colapso. Após um pico de casos, todos os ventiladores mecânicos e leitos em UTIs foram ocupados.
Os casos confirmados de contaminados por coronavírus já passam de 900, sendo a grande maioria na capital. o Amazonas tem atualmente a mais alta taxa de incidência da doença no País.
O Estado era um dos cinco apontados pelo Ministério da Saúde como prováveis de entrar em fase de aceleração descontrolada da doença.
A medida tomada foi mandar as pessoas ficarem em casa. O confinamento, uma política desesperada, tem como objetivo impedir a sobrecarga na rede de saúde. Problema esse que é resultado de anos de destruição do SUS.
Enquanto isso, as medidas que efetivamente podem ajudar a controlar a epidemia e a salvar a vida das pessoas, como o aumento exponencial dos testes, dos leitos de UTI e dos equipamentos necessários para tratar os casos graves, não são tomadas, seja por falta de iniciativa do poder público, seja para economizar dinheiro as custas das vidas da população.
O caso do Amazonas é um alerta para o que está para acontecer em todo o país: a organização da matança da população e o completo descalabro que está para tomar conta do país.
Tendo em vista que os governos não vão agir em defesa da população, o PCO propõe a organização da população, com a formação de conselhos populares nos bairros e locais de trabalho para fiscalizar o serviço de saúde, bem como controlar o abastecimento e especulação com gêneros de primeira necessidade. É preciso ainda exigir as medidas que correspondem. Entre elas:
- Aumento imediato das verbas para a saúde, aumentar o número de instalações e equipamentos, bem como o número de testes
- Licença saúde paga para todos os afetados pela crise
- Contratação imediata de todo o pessoal da saúde necessário para enfrentar a crise
- Estatização de todo o sistema de saúde, dos laboratórios e da indústria farmacêutica
- realizar uma ampla mobilização popular para que o governo coloque todos os leitos e UTIs necessárias à disposição da população doente