Os Estados Unidos cortaram 701 mil empregos em março, segundo dados publicados nesta sexta-feira (3) pelo Departamento do Trabalho do país. O resultado é um dos primeiros indicativos oficiais que economia caminha para uma recessão.
O Departamento do Trabalho informou que com isso, a taxa de desemprego de 3,5% em fevereiro, foi para 4,4% em março, crescimento de 0,90%, trata-se do maior corte de vagas trabalho desde março 2009.
O número de postos de trabalho perdidos na maior economia do mundo ficou bem acima do esperado pelo mercado. De acordo com uma pesquisa da Reuters com economistas o desemprego previsto era em 3,8%.
O órgão informou ainda que a criação de postos de trabalho em fevereiro foi revisada de 273 mil para 275 mil, ao passo que a de janeiro foi de 273 mil para 214 mil. O relatório desta sexta-feira reflete apenas parte dos impactos econômicos provocados pela crise econômica e intensificada pela pandemia. O governo pesquisou empresas e famílias para o relatório em meados de março, antes que uma grande parte da população estivesse sob algum tipo de isolamento, expulsando milhões de pessoas de seus trabalhos.
O setor privado dos EUA eliminou 713 mil empregos em março, enquanto o governo criou 12 mil vagas. Já a fatia da população dos EUA que participa da força de trabalho recuou de 63,4% em fevereiro para 62,7% em março
Os números de desempregados é um recorde para a mais pujante economia global, chega aos impressionantes 10 milhões de norte-americanos entrando com pedidos de auxilio-desemprego nas ultimas duas semanas de março.
Economistas como Chris Rupkey, economista-chefe do MUFG em Nova York, afirma que a economia caiu no abismo, Em mais um sinal representativo de que estamos diante de uma crise com forte tendência a se tornar a maior do sistema capitalista, superando as 1929 e 2008.
A situação da economia mundial e temerária, incomparável a crises anteriores, problemas econômicos que eram latentes tornam-se aparentes como uma doença crônica, ou seja, uma crise de proporções progressivas e irreversíveis, levando convalescência a economia mundial.