Da Redação
Sem receber o prometido apoio do governo para que permanecessem em casa durante o período de quarentena, imposta pela fascista Jeanine Añez, o povo boliviano desafiou os decretos da presidente golpista que proibia manifestações e realizou um protesto enorme nas ruas de Riberalta, departamento de Beni, na manhã desta terça, 31 de março. Cartazes espalhados pela cidade apresentavam os dizeres: “o governo nos prendeu para nos matar de fome”.
Policiais e militares tentaram dispersar a mobilização sem sucesso. Os manifestantes ainda cercaram o prédio da prefeitura, sitiando o prefeito, que só conseguiu escapar da prisão montada pela população com ajuda da polícia, tendo se refugiado em outra cidade na sequência.
Partido do presidente derrubado pelo golpe de Estado que levou Añez ao poder, o MAS (Movimento ao Socialismo), apresentou, através de seu candidato à presidência Luis Arce, propostas de cunho administrativo, solicitando ao regime golpista que peça ajuda para China e Cuba. Morales também se manifestou, pedindo ao regime que o derrubou para comprar remédios de Cuba. Añez ignorou os clamores.
Até 31 de março, a Bolívia tinha, oficialmente, 107 casos confirmados de coronavírus e 6 mortes. A quarentena foi decretada em 17 de março.