Na quinta-feira (12/03) o jornal The Intercept Brasil lançou mais um capítulo das matérias em torno das mensagens trocadas entre procuradores e juízes da Lava Jato, a Vaza-Jato. Esse, em especial, escancarada aquilo que vinhamos denunciando desde 2015: a interferência do imperialismo norte-americano na economia e na política nacional e a Lava Jato como braço jurídico dos yankees no golpe de Estado.
Uma ilegalidade digna do país que tem a alcunha de ser o “xerife do mundo”, interferiu diretamente nos rumos da política nacional e foi a base de sustentação para a destruição econômica do país. Como o próprio site salienta, a Lava Jato por mais que usasse do holofote para fazer suas operações criminosas, como ações coercitivas, as prisões sem as câmeras não tinham tanto valor, sempre mantiveram debaixo do pano a suas relações com o Departamento de Justiça Norte-Americano, a CIA e o FBI, entre tantos órgãos de interferência imperialista.
As conversas vazadas indicam certa preocupação de Dallangol no que se refere a uma visita especial. Em março de 2015, às vésperas do golpe, onde agentes norte-americanos estiveram presencialmente com os procuradores em Curitiba para ter longas reuniões com estes. Isto é, vieram aqui para dar as orientações políticas de como os lacaios venderiam sua pátria.
Isso tudo, rasgando os acordos internacionais Brasil-EUA, em que qualquer relação entre a justiça brasileira e norte-americana teria que ser aprovada pelo presidente da república e pelo Ministério da Justiça, ambos ligados ao governo do PT. Mas é claro que o PT não iria aceitar reuniões para deposição de seu próprio governo, por isso o tom mafioso das reuniões.
Essas orientações foram dadas, segunda a reportagem, na própria sede do Ministério Público em Curitiba, e os dois primeiros dias de discussão foram sobre como torturar psicologicamente as pessoas visadas para chegarem ao governo do PT: confessar os crimes não cometidos por outrem para barganhar liberdade de crimes que também não cometeram. O que foi chamado mais adiante pelo judiciário golpista e a imprensa burguesa de “delações premiadas”
A partir do momento em que essas visitas do amigos da Lava-Jato começaram a ser insustentáveis, começou-se as movimentações para que as orientações fossem dadas diretamente em solo norte-americano.
Essa primeira fase do processo de golpe de Estado resultou na operação farsesca e de lés a pátria, onde a Lava Jato tentou com seus braços imperialistas prejudicas a Petrobras, e conseguiu numa multa ilegal. Mas não conseguiu, num primeiro momento, atingir a presidência da República. O que veio a ser feito um ano após essas reuniões do MPF, com o impeachment que levou a derrubada de Dilma Rousseff.
Tanto a prisão de Lula, a inferência no pleito e a eleição de Jair Bolsonaro foram efeitos diretamente dessas interferências ilegais. É necessário impor uma derrota a Lava Jato, anular os processos contra Lula e levantar um poderoso movimentos de massas para derrubar o governo do imperialismo, esse vice-rei fascista que aí está.
Fora Bolsonaro!