O coronavírus tem se espalhado de maneira assustadora pelo globo e tem levado a população mundial a um grande nível de tensão. Isso se deve tanto pelo fato de que o vírus foi descoberto recentemente e, portanto, não há vacinas disponíveis para prevenir o contágio, assim como também pela rapidez com que o vírus se espalha por todo planeta. Além disso, a crise no sistema capitalista e as políticas de destruição da saúde pública têm dificultado o controle e o combate à epidemia.
No Brasil, o coronavírus também desperta grande temor na população. Já são 8 casos confirmados (6 em São Paulo) e há um grande risco de desenvolvimento de uma epidemia.
Mas, o coronavírus está longe de ser a única epidemia que assombra o povo brasileiro. Vemos há décadas uma política fracassada de combate à dengue e mais recentemente à zika e à chicungunha. Somente em 2019 foram registrados 85 casos de zika, 959 casos de chicungunha e 94.149 casos de dengue. São epidemias fora de controle por parte do Estado brasileiro e que dão sinais de agravamento no ano de 2020.
Além dessas epidemias, há ainda em circulação a Sarampo, que já um problema antigo do brasileiro. Em 2019 foram registrados 2710 casos de sarampo no Brasil. Para piorar, também reapareceu a febre amarela, um problema centenário que volta a assombrar o brasileiro. Em 2019 foi registrado 1 caso de febre amarela e em 2020 foram registrados 6 casos apenas em Santa Catarina.
A febre amarela é uma doença provocada por um vírus que pode levar à morte em uma semana se não for tratada rapidamente. Ela é transmitida por picadas de mosquitos. Na mata, os transmissores são insetos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Na cidade, é o Aedes aegypti.
A falta de controle dessas epidemias recentes, assim como de epidemias antigas como a febre amarela, é o resultado do sucateamento da Saúde Pública no Brasil. As políticas neoliberais levadas adiante pelos governos golpistas em nível federal, estadual e municipal nos últimos anos têm levado esse problema para uma situação desesperadora. São feitos cada vez mais cortes no custeio de hospitais, postos de saúde, campanhas publicitárias informativas etc, assim como na prevenção através dos agentes de combate à endemias, vigilância sanitária, entre outros.
Ainda há o problema grave e estrutural do saneamento básico, inexistente para uma grande parte das casas em todo território nacional. Esse problema é um fator determinante para a disseminação de diversos tipos de doenças.


