Recentemente, pesquisa feita pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) relatou que a empregabilidade entre as mulheres retrocedeu aos níveis de 1990. Um retrocesso de 30 anos. Os dados são da pesquisa “Mercado de Trabalho e pandemia da covid 19: Ampliação de desigualdades já existentes?” que foi realizada em julho desse ano.
A pesquisa também relata uma triste realidade. Entre as mulheres o desemprego é muito maior, são 14,9% contra 12%, em números absolutos isso significa um contingente aproximado de 2 milhões de mulheres desempregadas a mais do que o número de homens. Sabemos que na realidade, a situação é muito pior, porém graças a escalada monumental do desemprego, os mecanismos de pesquisa adotam critérios cada mais seletivos para a inclusão de uma pessoa como desempregada.
Se antes o critério era estar fora do mercado de trabalho, hoje é necessário procurar pelo emprego mesmo em um cenário de catástrofe econômica e recuo geral do número de vagas de emprego. Além disso não se contabiliza os trabalhadores que ganham sua vida em empregos informais, principalmente ligados ao comércio. Tudo isso excluí do cálculo a maior parte da massa trabalhadora, que estão sem seus empregos para garantir a sobrevivência.
A pesquisa ainda assim mostrou uma questão alarmante, as mulheres com filhos de até dez anos são só metade das mulheres estão em postos de trabalho. Essas são justamente as mulheres que deveriam ter o apoio do estado por meio de um suporte adequado de creches e escolas adequados para poderem trabalhar e levar o sustento às suas casas. Esses suportes desapareceram na pandemia e até mesmo qualquer auxílio financeiro dado às mulheres foi uma esmola, assim como para o resto da população.
As mulheres em geral tiveram a sua menor taxa de ocupação desde o ano de 1990, somente metade das mulheres se encontram trabalhando em postos regulares de trabalho, o que submete as mulheres à falta de direitos básicos de trabalho, o que é mais grave pois, como sabemos, as mulheres necessitam de direitos específicos e os patrões se negam a arcar com um ínfimo custo. Todos esses ataques, também estimulam a violência contra a mulher.
É preciso denunciar que são os ataques da direita que acentuam e permitem essa situação e colocam a mulher numa prisão doméstica. Só teremos a verdadeira superação dos problemas da mulher sobre um governo operário, em que as mulheres organizadas possam reivindicar seus direitos. Um passo nessa direção é o de retirar o representante fascista e inimigo das mulheres Bolsonaro e permitir a candidatura popular de Lula. Fora Bolsonaro! Lula Candidato!