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Greve dos Petroleiros

Petroleiros, ocupar as unidades e mobilizar pelo Fora Bolsonaro!

É preciso dar um novo posso nas mobilizações dos petroleiros. O único caminho possível é aprofundar a greve nas unidades da empresa e contagiar as demais categorias.

Os petroleiros estão em greve há seis dias (desde o dia 1 de fevereiro) e a greve demonstra sinais de crescimento da mobilização nacional a cada dia. Já são 13 estados do país em greve, com 70 unidades do Sistema Petrobras paralisadas e mais de 18 mil trabalhadores com os “braços cruzados”. Além disso, uma comissão de dirigentes da FUP (Federação Única dos Petroleiros), entidade ligada à CUT que dirige a greve, ocupa há sete dias uma sala o prédio da estatal, no Rio de Janeiro (RJ) contra a demissão em massa de mil trabalhadores da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Farfen-PR) e como denúncia do descumprimento pela empresa do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Um dos eixos principais da greve é a luta pelo fim da política de privatização e desmonte da Petrobras.

“O petroleiro e a petroleira sabe o que essa empresa significa para o Brasil. Não concordamos com esses preços abusivos para a população, sabemos que tem como atender o povo com um preço mais justo. Consideramos o papel social que a empresa tem. Não estamos aqui pra gerar lucro pra acionista. E é isso que estão querendo nos impor”, denuncia a dirigente da FUP que participa da ocupação, Cibele Vieira.

Na opinião de Vieira, o crescimento da paralisação é uma resposta ao projeto de privatização, sucateamento e desmonte da empresa, processo que se aprofunda desde 2015. Trabalhadora da petrolífera desde novembro 2002, Vieira relata que “nunca viu um movimento desse” e que sua geração “talvez não tivesse ideia da força que tem”.

Essa declaração da dirigente sindical é sintomática do potencial dessa mobilização. Pois a última grande greve dos petroleiros em 1995 marcou o último grito das mobilizações operárias brasileiras que derrubaram a Ditadura Militar e levaram à criação do PT e da CUT. Essa greve buscou impedir a privatização parcial da empresa levada adiante pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), através abertura de capital da empresa na Bolsa de Valores para venda de ações. Tal processo levou à uma interferência cada vez maior dos grandes acionistas no direcionamento da empresa, inclusive na sua política de preços de gás de cozinha e combustíveis.

A força do movimento atual da greve dos petroleiros pode levar a classe operária brasileira para um novo patamar político, depois de décadas de refluxo no movimento operário e movimentos sindicais de baixa intensidade. A greve pode contagiar a classe operária brasileira não só quantidade de trabalhadores em greve, mas pela importância política e econômica da atividade petroleira que pode paralisar o país. Produzindo algo semelhante ao que ocorreu com a greve dos caminhoneiros. Só que agora conduzida por uma categoria muito mais organizada e desenvolvida politicamente.

A greve chegou a um ponto em que se colocam novas possibilidades. A greve de dezenas de milhares de trabalhadores só poderá avançar com a ocupação das unidades da Petrobras e a paralisação completa dos serviços da empresa. Forçando inclusive a paralização dos trabalhadores terceirizados. Tal ação requer uma atitude enérgica dos dirigentes sindicais, mas é fundamento para o avanço do movimento. Além disso, não é possível ter qualquer ilusão no governo golpista de Bolsonaro. O governo que surgiu de um golpe de estado e da fraude eleitoral não irá interromper o processo de privatização e destruição da empresa, por isso é preciso defender o “Fora Bolsonaro” como um único caminho para levantar os petroleiros e os demais setores da classe trabalhadora, e assim iniciar uma nova era de mobilizações da classe operária brasileira.

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