Mais uma produção denunciando o golpe de Estado de 2016 no Brasil foi lançada. O documentário “Golpe” (LM, 73min, 2018), dirigido por Luiz Alberto Cassol e Guilherme Castro teve sua estreia na Cinemateca Paulo Amorim, da Casa de Cultura Mario Quintana, em Porto Alegre-RS, no dia 23 de janeiro em uma sessão seguida de debate com os realizadores. A produção gaúcha aborda o golpe de Estado de 2016, provocando uma reflexão sobre os fatos que antecederam o impeachment de Dilma Roussef e a prisão de Lula. O filme continua em cartaz na Cinemateca Paulo Amorim, até 5 de fevereiro, com sessões às 18h15.
O produtor do longa, Carlos Peralta (Guarujá Produções) afirmou que: “Desde que vi o filme entendi que mais do que uma obra cinematográfica sobre acontecimentos políticos dos últimos anos, estava diante de uma narrativa objetiva do que tinha realmente acontecido. É um filme que precisa ser apresentado ao mundo para que todos se conscientizem do drama que ainda vivemos e que abala todos nós. É impactante!”.
Ao Brasil de Fato, os diretores contaram que vem participando de debates e documentando as manifestações nas ruas desde 2013. Portanto o documentário traz uma parte desses registros, além de outros materiais produzidos a partir de depoimentos de pensadores, militantes e estudiosos.
Sobre o golpe e o cenário político atual, o co-diretor Luiz Alberto Cassol afirmou que “Ao final do filme, a perspectiva que eu tenho, enquanto expectador do filme que eu co-dirigi, é que ele [o golpe] continua em aberto porque a consequência daquilo que aconteceu em 2016 é nefasta e nebulosa para o Brasil, e estamos vivendo ela hoje, na economia, na cultura e nas questões sociais. Toda e qualquer capacidade de diálogo e inclusão está sendo tirada nesse país.”
Antes de estrear na cinemateca, o documentário teve quatro sessões lotadas na pré-estreia em Porto Alegre, em agosto de 2018 no Cine Bancários, e participou da seleção oficial do 9º Festival Internacional de Cinema Político (FICiP), de Buenos Aires.