Juan Guaidó, o deputado nomeado presidente da Venezuela por Donald Trump, anunciou neste sábado (01) em Miami uma “grande mobilização em Caracas” para seu retorno nos próximos dias.
O deputado estava em uma viagem internacional de duas semanas, quando passou por Colômbia, Europa, Canadá e o Estado americano da Flórida em busca de apoio para mais uma tentativa de golpe de Estado contra o governo Nicolás Maduro. As intentonas golpistas – fracassadas – lideradas por Guaidó buscam a articulação de um golpe militar e contam com apoio explícito do imperialismo mundial, em particular dos EUA.
O imperialismo está determinado a derrubar o governo Nicolás Maduro. Simultaneamente às tentativas de golpe militar, a Venezuela é alvo de bloqueios e sanções à sua economia, com congelamento de ativos da petroleira estatal PDVSA, infiltração de agentes dos serviços de inteligência estrangeiros, sabotagem econômica e uma guerra midiática permanente que visa desestabilizar o país.
Donald Trump já ameaçou invadir o país e posicionou navios de guerra próximos ao litoral venezuelano. Inclusive, o presidente dos EUA se propôs a emitir ordens para as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas. No começo de 2019, com apoio do governo fascista de Jair Bolsonaro, foi tentada uma invasão.
O golpe de Estado na Venezuela, perseguido pela direita, visa derrubar o governo chavista e instalar um regime satélite do imperialismo, que implemente uma política do tipo neoliberal e alinhe a política externa de acordo com seus interesses, como é o caso dos governos golpistas do Brasil, Chile, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Colômbia e Peru. O centro de toda a tentativa golpista é a apropriação pelas empresas estrangeiras da mais importante riqueza nacional, as bacias de petróleo.