Jair Bolsonaro recebeu neste fim de semana no palácio do Planalto , um grupo de apoiadores composto por empresários de eventos, artistas e cantores sertanejos. Como moeda de troca ao apoio ao governo fascista, o grupo pediu o fim da meia entrada em eventos culturais. Em discurso, o representante da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), Doreni Caramori, argumentou que “Não pode o Estado brasileiro intervir na economia e tomar 50% da receita de alguns setores sem compensação. Nós precisamos corrigir essa injustiça histórica”.
A política de meia entrada é regida por Lei desde 2013, garantindo o benefício à estudantes, deficientes e jovens de baixa renda de 15 a 29 anos . A legislação define que 40% dos ingressos sejam destinados à meia entrada. Alguns estados estendem o benefício aos professores. A medida garante o acesso a todo tipo de evento cultural, incluindo cinemas ,permitindo assim que a cultura possa chegar à milhares de pessoas que, sem o benefício , estariam excluídas de todo e qualquer tipo de entretenimento e manifestação cultural, tendo em vista a baixa renda da população em geral.O Presidente ilegítimo agradeceu o apoio do grupo , que segundo ele foi “ perseguido , dizendo que “ alguns até perderam seus contratos , mas isso não foi em vão”, prometendo como recompensa a análise de propostas que beneficiem o setor cultural de eventos.
Perseguidos são os estudantes e o povo pobre brasileiro que vem sucessivamente sofrendo com as políticas do governo fascista de extrema direita. Bolsonaro por inúmeras vezes mostrou-se como inimigo da educação e da cultura.O corte de verbas para a educação, o qual gerou manifestações de norte a sul no país no ano de 2019, a diminuição dos subsídios aos programas educacionais como FIES e PROUNI, o fim da carteira estudantil emitida pela UNE, com a finalidade de asfixiar a organização dos estudantes , aliada ao mirrado bolsa família que garantia a permanência de milhares de crianças na escola são decretos de morte à formação educacional e cultural dos jovens brasileiros. Por outro lado, a nomeação de pessoas despreparadas na Secretaria de Cultura e para o Ministério da Educação como caricato e inculto Weintraub, são por exemplo medidas que aliadas ao caos econômico instalado , encurralam a juventude na periferia sem qualquer perspectiva de crescimento e jogam a juventude no espape das drogas e do álcool pela falta de esperança e entretenimento.
Receita infalível para o intento de formar uma massa de famintos e excluídos sociais cuja mente deverá ser totalmente ocupada com o que comerá no dia seguinte, cujo único lazer e divertimento será o depositório de mentiras e manipulação que são as emissoras de televisão, facilitando a dominação cultural da sociedade burguesa. Bolsonaro é inimigo do povo e dos estudantes assim como o grupo de “artistas” que foram até o Planalto com a única preocupação de aumentar seus ganhos e garantir o acesso à cultura e entretenimento apenas para aqueles que possam pagar.