A reforma trabalhista implementada a partir do golpe de Estado que retirou do governo a presidenta Dilma Rousseff e impediu Lula de ser candidato e presidente da República se aprofunda com o governo ilegítimo do presidente fascista Jair Bolsonaro.
Com a reforma trabalhista, a terceirização que inicialmente atingia trabalhadores das chamadas atividades meio(transporte, alimentação, segurança, limpeza) agora atinge também a todas atividades fim, fazendo com que a terceirização possa se ampliar infinitamente a depender da sanha capitalista.
Assim uma das profissões atingidas de imediato é a dos professores, onde algumas empresas de aplicativos começam a oferecer a modalidade professor UBER para os donos de escolas particulares e com a possibilidade de ser colocada também nas redes públicas do país.
O que está ocorrendo? Os professores que ministrarem (presencial ou a distância), de Ciclo II, Ensino Médio, Técnico, e IES (Superior) do Brasil cadastradas nos serviços poderão solicitar aulas por meio de plataformas Web e os Professores habilitados serão chamados pelo aplicativo, e podem aceitar ou não. Da mesma forma que uma chamada de UBER. A Unidade Escolar (do ciclo II até superior) pode fazer filtros e chamar apenas os docentes específicos que necessita, tais como: Licenciados, Especialistas, Mestres ou Doutores.
Algumas empresas de aplicativos buscam a contratação de professores desesperados com a situação econômica, sem emprego, com poucas aulas, ou ainda tendo que trabalhar mais de 12 horas por dia, para garantir o sustento da família. Estes professores passam por um processo seletivo simplificado e são incluídos no cadastro, destas empresas.
Após isso o professor poderá ser chamado para ministrar aulas avulsas, ou mesmo de licenças de outros professores. No entanto, estes professores receberão apenas o valor que o patrão da instituição quiser pagar. Não há vínculo empregatício, nem direitos trabalhistas, o professor receberá apenas a hora aula, das aulas ministradas, nada de pagamento pela preparação das aulas, nada de fim de semana remunerado, 13° salário proporcional, nem férias e nenhuma assistência saúde.
Já há inclusive prefeitos inimigos dos professores , interessados em instituir essa modalidade de contratação nos municípios. Um exemplo é Ribeirão Preto onde conforme denúncia da Apeoesp, lá o prefeito psdebista quer instituir a contratação uberiana, que até o momento está barrada, por conta de mobilização dos professores e do sindicato na região.
A CNTE, os sindicatos de professores públicos e privados tem a obrigação de iniciar 2020 em luta, está luta tem que se expandir para atacar o mal pela raiz, o que significa, que sem a luta pela derrubada de Bolsonaro e dos golpistas os professores de todo país se transformarão em escravos miseráveis do século XXI.
No próximo dia 18 de março está marcada a greve nacional da educação e este dia tem que apontar para a greve por tempo indeterminado da educação em todo pais. Fora Bolsonaro e todos os golpistas! Não à precarização do ensino público! Não ao UBER da Educação.