Da redação – O secretário especial da Cultura, Joseph Goebbels, ou melhor, Roberto Alvim, foi demitido após expressar a opinião do governo de Jair Bolsonaro a respeito das artes, fazendo uma referência direta e quase literal ao nazismo.
Em vídeo de divulgação do programa bolsonarista para a pasta, Alvim declarou: “A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes de nosso povo, ou então não será nada.”
A fala é a mesma de Joseph Goebbels, ministro de propaganda nazista, ideólogo de todo o sistema propagandístico de Adolf Hitler e pai das chamadas “fake news” da direita. “A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada”, disse o nazista alemão na sua época.
Os assessores da secretaria de Cultura confirmaram que Alvim sabia que estava parafraseando Goebbels.
Depois de muita repercussão negativa a nível mundial, Bolsonaro foi obrigado a exonerar seu secretário. Não foi por discordar da frase e muito menos da ideologia dos inspiradores de Alvim, mas puramente pela total má impressão que deu para seu governo.
Bolsonaro é um fascista, assim como Hitler. Bolsonaro tem como ídolos os ditadores fascistas Augusto Pinochet, Alfredo Stroessner e todos do regime militar brasileiro, bem como o torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra. Tem um discurso abertamente anticomunista e promove uma perseguição e intensa repressão aos movimentos populares, com a intenção de exterminar a esquerda.
O presidente ilegítimo tem como missão “livrar o Brasil do comunismo”, assim como Hitler prometeu “livrar a Alemanha do judaico-bolchevismo”. Não é demitindo um secretário que Bolsonaro deixará de ser fascista e essa demissão não significa nada quando o governo inteiro é composto por fascistas, do nível de Weintraub, Ernesto Araújo e Sérgio Moro. É preciso, portanto, derrubar o governo Bolsonaro como um tudo, lutando para concretizar a palavra de ordem que está na boca do povo: Fora Bolsonaro!