Nessa semana, começam as atividades dos professores da maior rede estadual de ensino do País, a de São Paulo, com mais de 200 mil trabalhadores. E, de novo, nós, professores, vamos estar submetidos à tortura das atribuições de aulas, desta feita com os novos ataques do governo Dória que busca dividir a categoria, criando várias redes com o Inova, PEI’s, rede regular etc.
A pressão da categoria e do seu Sindicato impediu que a situação ficasse ainda pior no final de 2019, com a aprovação da famigerada reforma da Previdência, na Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP), que pretende reduzir os salários, impondo um aumento de 11 para 14% no desconto previdenciário. Mas isso não resolve a situação.
O governo faz manobras para “comprar” os deputados da direita que momentaneamente se colocaram do lado dos professores e demais servidores, para defender interesses de setores reacionários como a PM e demais órgãos de repressão. Agora, eles voltam à carga para impor a reforma.
O Parlamento é um túmulo para as reivindicações dos trabalhadores. A única sensibilidade da imensa maioria dos deputados é com os interesses dos patrocinadores de suas campanhas e com as máfias políticas que controlam o Estado, distribuem cargos etc.
A única arma capaz de barrar essa “reforma” de forma definitiva é a mobilização dos trabalhadores e de suas organizações de luta. É preciso parar as Escolas, a Saúde e demais serviços públicos por meio de uma greve por tempo indeterminado, ocupar a ALESP e outros prédios públicos para exigir a retirada do Projeto e o atendimento das demais reivindicações da categoria.
Se a “reforma” passar no Estado, virá a batalha pela aprovação na Capital e em todos os municípios. Se ela for derrotada, os trabalhadores sairão fortalecidos para os próximos embates.
Para deter de vez a famigerada reforma, impedir que milhares de professores fiquem sem aulas e por fim ao congelamento dos salários, é preciso uma ampla mobilização, nas ruas, que coloque o governo na defensiva.
O Congresso da categoria foi adiado em mais de uma oportunidade e, simplesmente, não existe para a maioria dos professores, já que na maioria dos lugares é uma discussão entre ativistas e com uma participação majoritária de aposentados que já não estão mais nas escolas.
É preciso reverter essa situação. Para isso, no próximo dia 4, na Assembleia, além de defender a aprovação da greve, a mobilização geral da categoria, nós professores de Educadores em Luta/PCO vamos propor a realização do Congresso da APEOESP em São Paulo, como parte de uma grande mobilização, abrindo o evento para trabalhadores de toda a categoria (mesmo que votem apenas os delegados), fazendo do Congresso um momento de mobilização geral, com 5 ou 10 mil trabalhadores, representantes dos estudantes, dos pais, dos demais sindicatos da Educação, dos servidores e de outras categorias que se somem à nossa luta.
Dessa forma será possível dar a largada para uma grande mobilização para derrotar Dória e seus ataques, tendo à frente a APEOESP e a combativa categoria dos professores.
A única arma capaz de barrar essa “reforma” é a mobilização dos trabalhadores e de suas organizações de luta. É preciso parar as Escolas, a Saúde e demais serviços públicos por meio de uma greve por tempo indeterminado, ocupar a ALESP e outros prédios públicos para exigir a retirada do Projeto e o atendimento das demais reivindicações da categoria.
Essa ofensiva só pode ser derrotada por meio da mobilização, da greve. Luta que deve ser transformada numa só luta geral. Agora os servidores estão sendo atacado nos estados e municípios. É indispensável unificar a luta municipal com a estadual. É preciso exigir que a APEOESP e o SINPEEM convoquem a mobilização unificada, nas ruas.
Os sindicatos e a CNTE – que aprovou resolução que propusemos em sua Plenária Nacional, no último dia 7, contra as reformas – devem também ser convocados a cumprirem essa tarefa indispensável.