A mineradora Braskem está atacando a população pobre da cidade de Maceió (AL). Em função de seus interesses econômicos, a mineradora efetuará o despejo de 17 mil pessoas de suas casas nos bairros de, todos localizados na periferia da capital alagoana.
O acordo fechado entre a mineradora e o Ministério Público Federal (MPF), a Defensoria Pública da União (DPU), o Ministério Público de Alagoas (MPE-AL)e a Defensoria Pública de Alagoas (DPE-AL) determina que a Braskem deve pagar R$ 5 mil por cada mudança feita pelos 17 mil moradores e R$ 1 mil de auxílio aluguel por seis meses.
O mercado da especulação imobiliária, ciente de que as pessoas terão R$ 1 mil para mudança, já aumentou o preço dos alugueis em média de 20% com o intuito de potencializar seus lucros com os despejos. Os moradores relatam dificuldades em encontrar imóveis com valores compatíveis com os auxílios. Até a notícia dos despejos, era possível encontrar imóveis de até R$ 1 mil em Maceió, porém, com a notícia, tem ficado cada vez mais difícil encontrar.
Os especuladores imobiliários de Maceió se aproveitam da situação da população que será despejada pela mineradora com o aval do poder público. A prefeitura de Maceió, sob a administração do direitista Rui Palmeira (PSDB), nada faz para amparar a população que sofre com o despejo, o que demonstra a existência de um conluio com os especuladores e com a mineradora Braskem.
Quatro bairros e milhares de moradias podem simplesmente desaparecer na cidade de Maceió para atender aos interesses econômicos da mineradora Braskem.
