O assassinato do general iraniano Qassim Soleimani, no último dia 2, em um criminoso e traiçoeiro ataque organizado pelos EUA, estimulou a luta contra o imperialismo em todo o Oriente Médio e aprofundou a crise da dominação imperialista na região.
Depois das manifestações que reuniram centenas de milhares de pessoas nas ruas do Iraque, Irã e outros países da região, logo após o ataque norte-americano, cresceu também o apoio ao Irã em toda a região, ao contrário do que a imprensa capitalista procura divulgar em todo o mundo.
Um exemplo claro dessa situação foi o pronunciamento do organização libanesa Hezbollah afirmou que, no último domingo (12), divulgou pronunciamento em que afirma que que chegou a hora de os aliados do Irã começarem a trabalhar para
vingar o assassinato de Soleimani.
O Hezbollah, acusado de de terrorista pelos EUA, foi organizado no começo da década de 80, logo após a revolução iraniana (1979) recebendo o apoio da Guarda Revolucionária do Irã e é apontada como sendo parte importante da aliança regional liderada por Teerã conhecida como “eixo da resistência”.
A manifestação do Hezbollah encontra amplo apoio, não apenas no povo libanês, mas em toda a região duramente oprimida e atacada pelos EUA e seus aliados na região como o estado sionista de Israel e a monarquia saudita.
De acordo com o dirigente do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, as ações contra os EUA deve acontecer “nos próximos dias, semanas e meses”. E acrescentou que observa um “longo caminho” até atingir seu objetivo de expulsar as forças norte-americanas da região.
Nasrallah negou que o general iraniano estivesse planejando ataques aos territórios norte-americanos no Iraque, pretexto usado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para justificar o ataque criminoso.
A situação no Líbano, Iraque e toda a região, evidencia as dificuldades que os EUA e seus aliados imperialistas têm para levar adiante sua operação de ataques e cerco ao Irã, expressando o enorme apoio popular que o povo e o governo iraniano têm em seu enfrentamento contra as maiores potências capitalistas do planeta que já promoveram centenas de guerras, com milhões de mortos na região para defender o controle dos grandes monopólios internacionais sobre o petróleo e demais riquezas da região.
Fica claro, neste momento, apesar das distorções feitas pela imprensa imperialista, que há um enfraquecimento das posições políticas e militares do imperialismo na região, frente a um crescimento da revolta popular contra os EUA e seus aliados. Essa situação abre caminho para que as massas populares dos diversos países e nacionalidades intervenham na crise e avancem em direção a um amplo movimento para expulsar em definitivo os EUA e seus aliados do Oriente Médio, o que poderá abrir uma etapa de lutas vitoriosas de todos os povos da região.
Essa mobilização, pelos meios que forem necessário, devem ser apoiada e impulsionada pela esquerda classista em todo o mundo. É preciso deixar de lado as considerações de natureza abstrata e secundárias sobre o caráter do regime iraniano, muito comuns na abordagem da esquerda burguesa e pequeno burguesa, e apoiar ativamente a luta de um país oprimido contra um país opressor.