Leia a nota oficial do Partido da Causa Operária sobre as resoluções da Segunda Conferência Nacional Aberta dos Comitês de Luta Contra o Golpe e o Fascismo:
“II Conferência: Fora Bolsonaro!
O Partido da Causa Operária, em conjunto com outras organizações do movimento popular, organizou a II Conferência dos Comitês de Luta Contra o Golpe, realizada no último final de semana, em São Paulo.
A atividade foi um marco na luta contra a direita, contra os golpistas, e, em especial, mostrou a determinação que existe entre muitas pessoas em lutar contra o golpe de Estado, determinação em não se adaptar ao bolsonarismo, em não fazer acordo com o regime dos golpistas.
A conferência reuniu os militantes que, apesar das direções da esquerda, pretendem organizar, agora, a luta contra o golpe, pelo “Fora Bolsonaro!”. Um setor da população que quer ultrapassar o aparelho burocrático e adaptado da esquerda, que decidiu sair às ruas e levar adiante uma mobilização política contra os fascistas.
Uma das políticas mais debatidas na conferência de luta contra o golpe foi a questão do Fora Bolsonaro, e, especialmente, a necessidade de lutar pela dissolução da Polícia Militar, organização construída para reprimir o povo negro, pobre e trabalhador.
Foi resolução bem discutida especialmente diante do que está acontecendo no Rio de Janeiro e em São Paulo. A Conferência ocorreu logo após o massacre promovido pela Polícia Militar em Paraisópolis, resultando na execução de nove jovens na favela paulista.
As resoluções aprovadas na Conferência mostram um caminho oposto do que está sendo apresentado pelo restante da esquerda, especialmente aquela que aguarda reverter o golpe através das urnas, que pretende esperar as eleições.
Outra das mais importantes é a discussão sobre o desemprego. A Conferência decidiu que a luta pela redução da jornada de trabalho, sem redução salarial. 35 horas de trabalho semanal, sem que o salário do trabalhador seja reduzido, além da aprovação, pela conferência, do fim das privatizações, pelo direito de autodefesa, defesa dos servidores públicos, etc.
A Conferência, por fim, adotou como método um amplo debate em torno das reivindicações, e, como resultado a necessidade tomar para si, para o povo organizado, nas ruas, pela ação política na luta em torno do poder. Não esperar que as eleições, controlado pelos golpistas, resolva os problemas causados pelo golpe.
Os próprios trabalhadores é que devem se organizar em torno de suas lutas, ao contrário de lutar para que o governo golpista faça alguma coisa em prol dos explorados, conforme a propaganda da esquerda pequeno-burguesa adaptada.
É a deliberação de uma campanha, junto da classe trabalhadora, para conseguir os mais elementares direitos do povo, direitos democráticos, políticos, sociais, enfim, colocar em marcha uma ampla campanha pela derrubada do governo golpista e ilegítimo de Bolsonaro pelas mão do povo, no caminho para a tomada do poder. É isto que está colocado para o ano que se inícia agora.”