O seminário promovido Partido da Causa Operária, ocorrido no último final de semana, demonstrou mais uma vez a força da política operária diante das eleições municipais de 2020. Ao contrário dos partidos que se propõe a administrar o patrimônio público para os banqueiros e demais setores de ponta da burguesia, os candidatos do Partido entram na campanha com um programa dedicado às lutas da população, dos trabalhadores, da juventude e demais setores do povo, hoje ameaçados pela política genocida do regime de ditadura cada vez menos disfarçada.
A imprensa burguesa já tratou de mover sua artilharia contra a política do Partido, criticando-nos por uma suposta falta de propostas. O que o argumento busca esconder é que a mobilização popular contra o regime golpista de Bolsonaro é a única proposta concreta e viável no momento.
Com o País sob intervenção e a resposta taxativa da burguesia em relação à tentativa do governo de criação de um programa social, fica claro que nada do recurso público deve ser gasto com os interesses da população, nem mesmo para fazer demagogia e mitigar a situação explosiva em que o Brasil se encontra.
Empobrecimento, carestia, miséria, fome, destruição do patrimônio ecológico, destruição da economia nacional,… Tudo perfeitamente aceitável para a burguesia, que só elevou o tom contra o governo de maneira mais séria diante das tentativas de uso de dinheiro público para o assistencialismo.
Em quadro como esse, é simplesmente inimaginável que os grandes capitalistas estejam dispostos a aceitar gastos com a reconhecidamente péssima infraestrutura das cidades brasileiras, por mais que tentem levar o debate político municipal para esse rumo. Uma manobra que lamentavelmente é aceita pelos setores mais capituladores da esquerda.
A situação, portanto, aumenta a responsabilidade do PCO nas eleições municipais, na medida em que seus candidatos se projetam para serem os únicos a defenderem uma alternativa real às graves ameaças que cercam a população, cujos ataques não serão superados com demagogias e promessas eleitoreiras, típicas da política burguesa, mas com a luta dos povos oprimidos por seus interesses.
Só a mobilização popular pode por fim ao regime golpista de Bolsonaro, e todas as ameaças que acompanham um regime político putrefato. Por isso, o PCO longe de vender ilusões, convoca a luta. Que as eleições sejam o palco da luta popular contra Bolsonaro e todos os golpistas





