Recentemente, a deputada do PSOL no Rio de Janeiro Talíria Petrone enviou uma carta à ONU pedindo que o órgão internacional intervenha e obrigue o governo bolsonarista a investigar as ameaças de morte que a deputada vem recebendo no últimos tempos, além de também continuar as investigações sobre o caso de Marielle Franco assassinada pela extrema-direita.
É importante destacar que a esquerda não deve confiar em instituições administradas pelo imperialismo, como a ONU, que apoia os golpes de Estado dados pelos países imperialistas por todo o globo.
Um aspecto importante a destacar em relação ao pedido da deputada à ONU é a demonstração da completa adaptação da esquerda pequeno-burguesa ao regime golpista no Brasil. Qualquer pessoa que tenha a mínima noção do que está acontecendo no nosso país não esperaria que o governo de Bolsonaro, um governo de extrema-direita, tenha interesse em investigar ameaças de morte contra uma deputada de esquerda e muito menos defendê-la. E também que concordaria que essas ameaças podem estar vindo de elementos bolsonaristas, assim como há indícios de que a família de Bolsonaro estaria envolvida na morte de Marielle Franco.
É mais do que urgente a esquerda encarar a situação de ameaça que estamos vivendo, já são milhares de moradores do campo, indígenas, negros e líderes políticos assassinados por agentes da extrema-direita ou da repressão institucionalizada, como a Polícia Militar. Não há outra saída a não ser a criação de comitês de autodefesa para que partidos e organizações de esquerda possam se proteger e estejam preparados para enfrentar o avanço da extrema-direita e o acirramento da luta de classes.