Segundo dados da CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), o subcontinente terminará 2019 com um aumento do nível de pobreza. 38,9% da população da América Latina está na linha da pobreza, sendo que 11,5% da população vive no que é chamado de extrema miséria. Em números brutos, até o fim do ano, 72 milhões de pessoas estarão no grau de extrema pobreza e 191 milhões na pobreza.
Se levarmos em conta esses dados, que, como é comum nas pesquisas ligadas ao imperialismo, devem ser alisados levando-se em conta que exista certo nível de manipulação, fica clara a verdadeira causa da crise política no Continente e também especificamente no Brasil.
Agrava o quadro econômico catastrófico o índice crescente de desemprego. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD Contínua), no Brasil, são 11,9 milhões de brasileiros sem carteira assinada no setor privado, 24,4 milhões de trabalhadores informais e o número de brasileiros desempregados chega a 12,4 milhões.
Todos esses dados mostram a crise gigantesca pela qual atravessa o País e a América Latina. A situação econômica e social está chegando no limite. A situação é tão intolerável que a única saída para os povos na América Latina é a guerra civil contra os ricos. Não há espaço para conciliação, como estão mostrando as mobilizações no Chile e na Bolívia, mas também mostram outros exemplos.
O Continente está em chamas de cima abaixo. Os governos da direita não dão sinais de que pretendem recuar, mesmo diante de mobilizações gigantescas. No Chile, por exemplo, já passa de 40 dias as manifestações, que não diminuem e que têm como ponto central a saída de Piñera. Esses acontecimentos mostram que a consequência dessas mobilizações é o enfrentamento entre o imperialismo e as massas.
Os governos de extrema-direita têm o objetivo de piorar a situação do povo, impondo por meio da violência, a política de miséria. As políticas neoliberais agravam a situação de miséria. O imperialismo está se preparando para a guerra civil.
A América Latina é uma conjunção de fatores que podem e devem se transformar em uma situação revolucionária. É necessária um força organizada que baseie sua política nessa realidade. Não há mais espaço para a conciliação de classes.
Por isso, é preciso colocar na ordem do dia a derrubada de todos esses governos direitistas, orientar as massas para o enfrentamento político que se aproxima.