A política de destruição do Brasil, que vem sendo conduzida desde o golpe de estado de 2016, tem levado ao aumento de casos de sarampo no país. De acordo com boletim do Ministério da Saúde publicado em 29 de outubro último, o Brasil está abaixo da meta de proteção contra o sarampo em 5.570 municípios. A cobertura de vacinação nos estados teve uma queda nos últimos dois anos, coincidindo com a implantação da PEC da Morte, que limita o investimento público por 20 anos.
Há uma tendência de culpar o próprio povo pela queda na vacinação, que estaria sendo “evitada” pela “influência dos movimentos antivacina”, o que estranhamente não ocorria antes da aprovação da PEC e do congelamento do investimento público. A verdade é que a política de rapinagem do dinheiro público para engorda dos representantes do capital financeiro vem desencadeando tragédias anunciadas, que poderiam facilmente ser evitadas. Em um estado neoliberal, todo tipo de sinistro pode abater o cidadão, já que os recursos públicos são destinados apenas ao topo da cadeia alimentar, que não inclui a maioria da população. Epidemias são comuns em países atrasados, onde o estado prioriza a elite em detrimento do povo, precarizando áreas fundamentais como a saúde.
Em 2016, A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) havia declarado o Brasil país livre do sarampo, após mais de uma década de investimentos do governo de esquerda do PT em ações de vigilância, laboratório e imunização. A mudança nesse quadro, nos últimos dois anos, reflete a política da direita, levada ao poder pelo golpe de estado. De acordo com matéria de 22 de novembro da Folha, que como sempre apenas menciona os efeitos sem apontar as causas do desastre, os casos de sarampo seguem concentrados no estado de São Paulo, mas já começam a se espalhar pelo país inteiro.
Mais do que nunca, é preciso mobilizar o povo contra o governo de Jair Bolsonaro, eleito por uma fraude eleitoral que tirou o candidato favorito da população, Lula, das eleições e vem conduzindo uma política de destruição nacional para favorecer o capital financeiro e o imperialismo. A esquerda deve liderar o povo nas ruas para que se possa derrubar este governo golpista, não esperar as próximas eleições e deixar o povo à mercê de epidemias, violência, desemprego e abandono.