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Nove mortos

Bolívia: massacre em El Alto

População de El Alto foi com os caixões das vítimas protestar em La Paz, onde foram novamente reprimidos pela direita golpista

Pelo menos nove pessoas morreram em um massacre promovido pelas forças repressivas na Bolívia no bairro de Senkata, na cidade de El Alto, durante a quarta-feira (20). Os manifestantes bloqueavam instalações da estatal Yacimiento Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB). A direita golpista enviou policiais e militares para reprimir a população, que protesta em toda a Bolívia contra o golpe, que derrubou Evo Morales no dia 10 de novembro, com uma renúncia forçada.

Por todo o país, manifestantes bloqueiam estradas e plantas de empresas estatais, exigindo que a presidente golpista Jeanine Áñez deixe o cargo. Áñez assumiu o posto em uma assembleia sem quórum, depois de a direita obrigar Evo Morales, por meio da violência, a renunciar, assim como outros políticos do MAS que estavam na linha sucessória para assumir o cargo. Senadora pelo departamento de Beni, Áñez era apenas a segunda vice-presidente do Senado, havia três pessoas antes dela que poderiam ter assumido o cargo depois da renúncia de Evo Morales.

A população boliviana está reagindo ao golpe, e a situação permanece indefinida. Durante a quinta-feira (21), a população de El Alto, cidade vizinha a La Paz, voltou a protestar, dessa vez levando os corpos das vítimas do massacre do dia anterior até La Paz. Milhares de pessoas marcharam até a capital, onde foram novamente reprimidas pela direita golpista. Apesar da política repressiva dois golpistas, porém, a população boliviana não sai das ruas e não deixa de protestar contra o golpe.

 

Embate em toda a América Latina

A reação do povo boliviano ao golpe é uma expressão de um enfrentamento que se dá em todo o continente. No Equador, no Chile, e agora na Colômbia, a população se levantou contra as políticas neoliberais. As massas bolivianas, tendo a experiência do neoliberalismo ainda fresca na memória, não quer deixar isso se repetir, e por isso se mobiliza contra o golpe, enfrentando a extrema-direita e o imperialismo nas ruas. Pelo tamanho das mobilizações na capital, os trabalhadores têm a possibilidade de expulsar o governo usurpador e golpista de Janine Áñez e dos golpistas Carlos Mesa e Luis Fernando Camacho.

A extrema-direita, por outro lado, assim como no Chile e no Equador, não vai ceder nenhum terreno, por isso a única forma de contornar o golpe é derrubar o governo golpista, sem entrar em nenhum tipo de acordo. Esse é confronto que está colocado em toda a região no próximo período, com o imperialismo tentando impor à força um controle maior sobre os países atrasados, passando por cima das massas.

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