O sítio do UOL/Folha de S. Paulo publicou artigo sobre a Seleção Brasileira com o título de “Uma seleção longe da torcida”. Ali, um dos principais representantes da imprensa golpista no Brasil coloca algumas informações sobre o último amistoso da Seleção, ocorrido nos Emirados Árabes contra a Coreia do Sul, vencido por 3 a 0.
Segundo a Folha/UOL, os portões no estádio tiveram que ser abertos devido à falta de público no jogo. O baixo público também foi verificado no amistoso contra a Argentina na Arábia Saudita. O mesmo fenômeno também ocorreu nos últimos amistosos em Cingapura.
A matéria atribui os fiascos à empresa que organiza os amistosos da Seleção, a Pitch International, que tem sido criticada por vários setores da própria CBF. Segundo a reportagem, a “Pitch International foi constituída na Inglaterra em 2004, sob o comando do então presidente Trevor East. Em 2009, 75% da empresa foi adquirida por um investidor que até hoje não foi identificado. Atualmente, ela pertence a outra empresa, chamada Homer Newco, que já teve como diretor um advogado que participou da compra do PSG pelo fundo Qatar Sports Investments“.
Nitidamente, trata-se de um monopólio imperialista para o qual os cartolas da CBF entregaram os amistosos da Seleção.
Se a Seleção brasileira está distante do povo como diz a Folha, a culpa em primeiro lugar é dos grandes monopólios capitalistas dos quais a própria Folha e toda a imprensa golpista brasileira são serviçais. Essa imprensa se dedica a atacar o futebol brasileiro e defender o futebol europeu, com o objetivo claro de promover os capitalistas que vivem do lucro do futebol na Europa.
Se há, de fato, esse problema do distanciamento, em primeiro lugar ele é causado pela política de total entrega do futebol brasileiro aos monpólios capitalistas. Esse fato não se dá apenas na organização absurda desses amistosos em países que sequer têm tradição no esporte, mas em primeiro lugar pela própria convocação de jogadores “europeus”, que ou não atuaram ou atuaram muito pouco no Brasil, produto da exportação precoce do jovens craques para a Europa.
O que está por trás da matéria da Folha/UOL é a desmoralização do futebol brasileiro. Procuram fazer a propaganda de que o brasileiro está distante da Seleção e convencem parte da população a rejeitar a Seleção. A própria esquerda cai nessa armadilha.
Contra isso é preciso uma política clara. Do mesmo jeito que um torcedor de um clube defende seu clube independente do cartola corrupto e direitista que está na diretoria, é preciso defender a Seleção como um patrimônio do povo. E tanto num caso como no outro devemos dizer que a política correta e lutar pelo controle das torcidas e do povo sobre os clubes e a Seleção.