Mais um recorde negativo do governo ilegítimo de Bolsonaro. O problema da vez se encontra na saúde, devido ao aumento estrondoso do número de casos de dengue no Brasil. A ocorrência da doença no ano de 2019 aumentou em mais de cinco vezes em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados pelo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde.
Segundo o boletim, no total, a doença causou 1.489.457 de infecções, enquanto que em 2018 foram 215.585 casos. Um aumento impressionante de cerca de 690%! Os principais focos da doença estão em São Paulo, Minas Gerais e Goiás, que enquanto representam cerca de 35% da população nacional, apresentaram 70% dos casos no país. Na mesma toada está a relação de mortos pela doença, ao apresentarem juntos 67% dos óbitos. Apesar de que o centro-oeste tenha menos pessoas que o sudeste, esta é a região mais atingida pela epidemia, visto que a doença atinge 1.235,8 pessoas a cada 100 mil.
Agora é importante entender a origem política dos dados. O ministro golpista afirma que o aumento dos casos é em decorrência do reaparecimento do tipo 2 da doença. No entanto, essa é apenas uma forma de fazer da discussão um depósito de argumentos rasos. A questão que deve ser posta é a que compreende o reaparecimento do tipo 2 é fruto dos cortes de gasto na saúde. Isso se materializa principalmente na ausência de controle dos focos da doença. Equipes especializadas deixaram de fazer o combate a estes focos, possibilitando que estes se multipliquem especialmente em lugares úmidos.
Outro foco que foi relegado pelos governos golpistas que derrubaram a ex-presidenta Dilma e prenderam Lula foi a ausência de campanhas de conscientização para combater a doença. Tais campanhas são responsáveis pela intervenção no foco de controle dos vetores. A questão primordial é combater locais com água parada nos arredores das casas. Além disso, elas são responsáveis por estimular que pessoas que apresentem sintomas busquem auxílio médico para evitar que os casos se agravem.
Diante de toda essa situação, as insistências em políticas contra o povo foram essenciais para o recorde da América Latina na incidência da doença segundo dados da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Em todo continente o aumento dos casos foi de 13% superior à 2015, o ano que detinha a marca até então. É que devido a dificuldade na imunização da população e a falta de médicos a questão se tornou crítica.
Nunca é ruim relembrar que a falta de médicos é muito em decorrência da expulsão dos médicos cubanos feita pelos golpistas no começo do ano. A política da direita é a política do extermínio, esfolando os trabalhadores e trabalhadoras de todas a formas possíveis.





