MPE culpa a juventude

Campanha contra pandemia em Alagoas ataca jovens

Ignorando a política genocida levada adiante por todos os níveis da administração pública, jovens são responsabilizados pelo regime político

O Ministério Público de Alagoas (MPE), realizou nesta segunda-feira (28) uma reunião entre a sociedade civil e o Estado para discutir aglomerações de jovens na orla de Maceió e como evitá-las.

Os encontros de jovens na orla da Ponta Verde sempre ocorreram com frequência, normalmente contando com uma grande parcela da juventude vinda de bairros periféricos que se encontram aos finais de semana na praia para diversão.

A reunião, que ocorreu no auditório do 1º Batalhão da Polícia Militar, na orla lagunar, contou com representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT), instituição parceira do MPAL em outras ações de proteção à criança e ao adolescente, da Secretaria Municipal de Assistência Social, do Conselho Tutelar daquela região, da Secretaria Municipal de Segurança Comunitária e Convívio Social, da Operação Litorânea da Polícia Civil, da Delegacia de Repressão ao Narcotráfico, do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, do Fundepes e de ONGs que atuam com a promoção da cidadania naquele bairro, como a Cufa, o Movimento dos Povos da Lagoa, o Instituto Quintal Cultural e a Filarmônica de Alagoas.

Várias ações discutidas na reunião já serão colocadas na prática em breve, como reforçar o combate à venda de álcool aos menores de idade por meio da orientação dos ambulantes da orla e a ocupação dos bairros de origem dos jovens.

O Ministério Público de Alagoas também irá procurar discutir com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Alagoas (Abrasel) e a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) medidas para coibir a ida dos jovens ao espaço da orla.

“Com a Abrasel e a ABIH, por exemplo, queremos discutir com esses segmentos como eles podem contribuir para que os adolescentes não deixem de ocupar os espaços públicos, mas o façam de forma sempre ordeira, com opções de cultura à sua disposição e, inclusive, por meio de ações que possam capacitá-los de alguma forma”

disse a promotora de Justiça Alexandra Beurlen.

O que o MPE realmente faz, é uma campanha para culpar a população, e principalmente a juventude pelo alto número de infecções da COVID-19, e os usar de bode expiatório do que na verdade é uma consequência natural do descaso do atual regime político de Jair Bolsonaro com relação ao controle da pandemia.

Enquanto isso, há vários bares muito próximos dessas aglomerações que frequentados pela alta classe de Maceió, e estes permanecem abertos, mesmo não respeitando as normas de distanciamento, uso de máscaras de proteção e sem álcool em gel. A burocracia judicial alagoana nada faz à respeito das aglomerações do trabalhadores no transporte público, ela nada faz contra os patrões, mas busca culpar a juventude que utiliza do espaço público pelos problemas sanitários que decorrem do desleixo do Governo em relação à pandemia.

 

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