Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nessa quarta-feira, dia 6 de novembro, deu mais um dado da dimensão da crise econômica a que está submetido o país desde o golpe de Estado dado pela direita em 2016. Ela trata dos jovens que não trabalham e não estudam – os chamados “nem-nem”.
A pesquisa retrata os números do ano de 2018 e está na Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2019, do IBGE. Segundo ela, a porcentagem de jovens entre 15 e 29 anos que não trabalham e nem estudam é de 23%, algo em torno de 10,9 milhões de pessoas. Esse é o maior índice registrado desde que se começou a avaliar. Um sinal de que a crise atual é sem precedentes.
Um olhar mais detalhado dos números mostra que entre os jovens de 18 a 24 anos, a porcentagem dos que estão desempregados e sem estudar é de 27,9% e, entre os e 25 a 29 anos, é de 25,9%. A análise do IBGE diz que essa situação está relacionada à interrupção dos estudos desses jovens. Dos jovens de 18 a 24 anos, 46,6% não haviam concluído o ensino fundamental e, entre os de 25 e 29 anos, a porcentagem é de 44,1% entre os que interromperam essa etapa dos estudos.
Outro fator que foi analisado pela pesquisa é o gênero dos jovens e a relação disso com a busca por um emprego. Entre os homens que não trabalham e nem estudam, 51,5% estavam buscando trabalho, enquanto que entre as mulheres, 67,7% não estavam procurando emprego. As razões apresentadas para essa situação são que as mulheres, especialmente nas classes mais baixas, geralmente se tornam mães ou são relegadas aos afazeres domésticos.
O total de jovens que não estão estudando, trabalhando e nem procurando trabalho era de 2,4 milhões, segundo a pesquisa. 57,4% deles estão em desalento – desistiram de ingressar na força de trabalho. Os motivos alegados são falta de trabalho na localidade, não encontrar emprego considerado adequado e falta de experiência e de qualificação.
Os números apresentados pela pesquisa mostram que o governo golpista e o imperialismo estão provocando no Brasil uma situação de desespero na parcela mais jovem da população. Muitos deixam de ir à escola para procurar emprego para auxiliar na renda familiar e, quando vão fazê-lo, não conseguem encontrar trabalho. Essa situação tem piorado cada vez mais e isso pode gerar na classe trabalhadora uma revolta generalizada contra o regime. O importante é que essa revolta seja conduzida para uma política correta: Fora Bolsonaro e Eleições Gerais com Lula candidato!