A Prefeitura da cidade de Embu das Artes, na Grande São Paulo, abriu, no último dia 8, um mutirão de empregos, oferecendo cerca de 1,2 mil vagas. Para cada vaga, no entanto, há milhares de candidatos – ou seja, a maioria vai voltar pra casa sem a tão sonhada carteira assinada.
A fila de desempregados, que ninguém sabe onde começa e onde termina, reflete os efeitos causados pela política dos golpistas de liquidação da economia nacional e de destruição de direitos promovida pelo golpe de Estado contra a presidenta Dilma Rousseff em 2016. O crescimento do desemprego é inevitável na atual etapa do capitalismo, em que a burguesia precisa rebaixar os salários e diminuir seus próprios custos de produção para aumentar seus lucros.
Em São Paulo, o mais rico estado da federação, a falência da indústria e do comércio provoca uma massa gigantesca de desempregados, sendo que todas as faixas etárias e todos os graus de escolaridade estão sendo atingidos.
Para reduzir o desemprego, é necessário ter um programa concreto que possa desenvolver a luta do movimento operário. É preciso, portanto, exigir a redução da jornada de trabalho com escala móvel, sem redução do salário. Para alcançar isso, é preciso também enfrentar todo o regime político golpista, que, desde o Poder Executivo, passando pelo Congresso Nacional e pelo Supremo Tribunal Federal, se encontra comprometido com os interesses do imperialismo.
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