Da redação – Os servidores estaduais do Acre voltaram a ocupar a Assembleia Legislativa (ALEAC) em protesto contra a votação da Reforma da Previdência, que foi proposta pelo governo de Gladson Cameli (PP), aos moldes da reforma de Paulo Guedes.
Desde às 8h da manhã de hoje (07) – 10h, no horário de Brasília -, os sindicalistas, mobilizados pela CUT local, estão posicionados na Assembleia para impedir novamente a votação.
Em um primeiro momento, a segurança da Casa tentou impedir os servidores de entrar – o que é um direito deles. No entanto, a pressão popular foi tão grande que, além de conseguirem ocupar a Assembleia, os servidores também adiaram a votação.
Os deputados queriam votar às portas fechadas, para poderem aprovar o roubo da aposentadoria dos servidores acreanos.
A burocracia sindical tentou apaziguar a situação e chamar um diálogo com os deputados – que não estão dispostos a isso, mas somente a votar contra o povo. Entretanto, muitos servidores gritaram palavras como “se tiver que sair para o pau, vamos sair para o pau”, como relata ao Diário Causa Operária a servidora Patrícia Paiva.
Os servidores aprovaram uma resolução de mobilização permanente para impedir a votação e, ainda segundo Patrícia, a pressão dos servidores fez com que rachasse a base do governo na Assembleia. Após a pressão, os deputados se retiraram para tentarem ganhar um fôlego e esperar a poeira abaixar para seguir a votação depois que os servidores saíram do local, justamente por isso os trabalhadores aprovaram a mobilização permanente.
Ontem os servidores conseguiram suspender a votação devido à ocupação que realizaram, como foi noticiado por este diário.
Se aprovada a Reforma da Previdência, o Acre será o primeiro estado a implementar a extensão da reforma, isso mesmo sem ela ter sido aprovada pelo governo federal, o que revela o quão direitista é o governo Cameli.
A CUT e os servidores devem intensificar a mobilização, manter a ALEAC ocupada e chamar as demais categorias de trabalhadores do Acre a aderirem à manifestação, fazendo assim um ato de massas no estado que mobilize todos os trabalhadores – uma vez que a política de Cameli é a mesma de Bolsonaro e ataca toda a população acreana.