A OEA – Organização dos Estados Americanos – é composta por nada mais que países membros capachos ao imperialismo norte-americano. Como seu próprio nome induz, estes “estados americanos” estão justamente sob o controle dos “americanos”, seguindo uma política semi-colonial de entrega destes países e fortalecimento do controle imperialista na América Latina.
Conhecida popularmente, após famosa declaração de Peron, como o “Ministérios da Colônias”, a OEA sempre foi protagonista nos ataques aos governos nacionalistas e pela pressão econômica em países dos quais saiam dos ditames imperialistas. Agora, com a crise estourando por toda América Latina, essa organização passa a exercer um papel crucial para o controle estadunidense na região, organizando-se de forma até mesmo militar com o intuito de conter o avanço do movimento operário e a explosão social.
Recentemente todos os principais países da América do Sul implodiram em uma enorme crise econômica e social. Devastados pela política neoliberal dos governos entreguistas, muitas vezes no poder devido a um golpe de estado, a população destes países foi totalmente esmagada pelo regime político, a censura, a repressão e a própria ditadura passou a ser uma realidade vigente no continente. Revoltosas pelas condições de vida impostas pela direita, as camadas sociais populares passaram a se manisfestar amplamente por todos os locais, tomando as ruas das principais cidades e em muitos casos, literalmente pondo fogo em tudo.
Esta reação generalizada surge devido ao massacre do povo orquestrado pela extrema-direita, dos ataques aos direitos dos trabalhadores e pelo empobrecimento geral da sociedade, a conclusão de uma política de entrega dos países ao imperialismo que vem se alongando principalmente na última década, após a onda de golpes de estado que varreram o continente e impuseram governos golpistas que levam estes países a uma ditadura aberta e cruel.
Devido ao caos que virou a América Latina, o imperialismo tenta por meio de sua imprensa e organizações criminosas, como a OEA, fraudar a própria realidade presenciada por estas populações, propagandeando de forma caluniosa um absurdo que chega parecer piada. De acordo com a OEA, toda esta onda de mobilizações que explodem pelos países ocorrem devido a influência e de planos orquestrados pela Venezuela e Cuba!
Tal afirmação não poderia ser mais absurda, Venezuela e Cuba são justamente os países mais massacrados pelo imperialismo, vitimas de inúmeras tentativas de golpes de estado, invasões militares, duríssimos embargos econômicos e uma intensa propaganda que os acusa de serem terríveis ditaduras, quando na verdade são os principais defensores de seu povo e da classe trabalhadora.
Esta campanha promovida pela OEA não é uma política qualquer, e sim, uma preparação de intervenção nestes países, uma forma de tentar criar um clima favorável em que o imperialismo consiga conter a revolta do povo latino-americano e possa voltar a controlar todo o continente como uma grande colônia.
Ditaduras são aquelas financiadas pelo imperialismo que estão por toda parte, estes países como Venezuela e Cuba são a representação de uma resistência a ser seguida pelos demais, um dos fundamentais pilares da independência latino-americana. Defender estes países é defender a soberania de todos, e conter o avanço imperialista sobre o continente. Fora imperialismo da América Latina!





