No estado de São Paulo, o mais desenvolvido no país, cerca de 4,6 milhões de pessoas não têm acesso ao sistema de esgoto, um completo absurdo. Os estudos do SNIS (Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento), demonstraram que esse número é equivalente a duas vezes a população de Sergipe. Além disso, aproximadamente 1,7 milhão de pessoas não recebe água tratada.
O órgão golpista, Folha de S. Paulo, entrevistou pessoas que falaram sobre sua situação degradante em meio ao golpe de Estado, relatando que nos dias secos, o tempo afeta o sistema respiratório e muito mais.
“A gente não suporta comer, porque o fedor do Tietê é demais. Não dá para se acostumar com esse cheiro”, denunciou Maria Auxiliadora Silva (58).
Para Maria Auxiliadora, que vive com familiares em uma favela à beira do Tietê, na Chácara Três Meninas, zona leste de São Paulo, é algo absurdo morar em um lugar sem água e sem esgoto, onde cobras, ratos e capivaras dividem espaço com crianças descalças. Já para o pintor Flaviano Nunes (23), neto de Auxiliadora, obrigado a escovar os dentes usando o líquido que vem desses canos sem filtragem, o que resultou foi uma falta no trabalho por estar se sentindo mal. “Aqui a gente vive doente. Dor de cabeça, dor de dente, dor de barriga.”
E para finalizar, um relato ainda mais absurdo veio da manicure Flávia Rodrigues (20), que tem uma filha de um ano no colo e outra que ainda não anda: “O corpo do meu marido ficou cheio de manchas pretas depois de ele tomar banho um dia desses. Ele ficou até com vergonha de sair de casa”.
No estado mais rico do país, a megalópole que é ranqueada entre as 20 melhores cidades quando o assunto é saneamento, “escapou” da pesquisa os excluídos da água encanada e esgoto.
É preciso dizer que a direita construiu uma verdadeira ditadura dos tucanos em São Paulo. Enquanto poucos capitalistas se beneficiam da destruição da aposentadoria, privatizam saúde e assaltam a educação, o povo sofre e precisa reagir. Derrubar Bolsonaro e todos os golpistas está cada vez mais na ordem do dia.





