A extrema-direita, pouco combatida como deveria pela esquerda, sente-se ainda a vontade de implantar sua política de censura e perseguição a todos aqueles que tem um pensamento minimamente diferente do propagandeado pela burguesia.
As universidades principalmente, são o principal ambiente onde vemos alguma discussão e proliferação de ideias, que naturalmente pela situação de crise mundial, tendem a levar a juventude empobrecida à esquerda, adotando uma postura crítica a situação de miséria e destruição promovida pelo capitalismo.
No entanto, a imprensa burguesa tenta diariamente convencer aqueles setores mais confusos da esquerda pequeno-burguesa a incentivar a campanha da extrema-direita, em prol da censura.
Para convencer estes setores atrasados, a burguesia utiliza-se de artífices como a defesa do LGBT, negro e da “igualdade” como forma de fazer com que a esquerda, em nome de defender o “bem” e suas crenças morais, promova uma grande campanha de censura em todos os lugares.
Refletindo esta política, o jornal Gazeta do Povo publicou nesta terça-feira uma matéria que propaga, de maneira criminosa, escritos do dito professor de “esquerda” da Universidade de Nova York, Ulrich Baer, defensor de uma ampla censura contra a comunidade acadêmica.
Como sempre toda censura vem em nome do bem, e neste caso seria uma forma com que a instituição poderia dar “um lembrete de que o objetivo da universidade é examinar ideias e regular a fala para que o ensino e aprendizagem possam prosseguir”. Além disso, o professor chega a dizer que a “Liberdade de expressão” se tornou uma “arma para os conservadores minarem a igualdade e a própria universidade”. Ou seja, em vez de defender a possibilidade dos setores oprimidos se defenderem, o professor indica que o correto seria fortalecer a repressão, com o intuito de preservar o que ele considera como conceito que não “minem a igualdade” presente na universidade.
No entanto, como já deixam claros inúmeros exemplos, tal política nada mais é que um fortalecimento da repressão e censura contra a própria esquerda. A direita, a burguesia, são aqueles que de fato controlam o estado e as universidades, logo, aumentar a repressão, em nome do quer que seja, é aumentar o leque de possibilidades que a burguesia e a extrema-direita tem de reprimir o pobre e a esquerda.
A política adotada pelo professor é seguida por muitos setores da esquerda-pequeno burguesa, que em nome da defesa do negro, homossexual e da mulher, são capazes de aprovar o maior número de leis possíveis para censurar todos aqueles que ousem falar contra esta moralidade. Se dentro das organizações de esquerda isso serve como pretexto para censurar todos aqueles que tem uma política que diferem de seus interesses, na política a nível nacional serve apenas como forma de aprofundar a repressão da burguesia contra o povo.
Vale sempre lembrar que quem ditará as leis e as utilizará no dia a dia será o Estado burguês, não um moralista da esquerda-pequeno burguesa.
Por isso, a defesa dos direitos democráticos, da liberdade de expressão, devem, como sempre foram, ser uma política levada seriamente pela esquerda. Uma forma de preservar o direito do oprimido em lutar contra a burguesia, de divulgar as mais diversas ideias, de existir a possibilidade de abrir-se um debate político com a população, contra a censura promovida pelos fascistas e toda a burguesia.
Defender qualquer limite à liberdade de expressão é defender a política seguida pela ditadura burguesa.





