Neste sábado (19/10), o presidente do Chile, Sebastián Piñera decretou estado de emergência províncias de Santiago e Chacabuco, e nos municípios de Puente Alto e San Bernardo, na região metropolitana, em decorrência das manifestações que tomaram conta dessa região. Com o decreto, o governo restringe a liberdade de locomoção, liberdades individuais, reuniões, aglomerações entre outras medidas.
“Diante dos ataques sérios e repetidos e contra as estações e instalações do metrô de Santiago, contra a ordem pública e a segurança pública, declarei estado de emergência nas províncias de Santiago e Chacabuco, e nos municípios de Puente Alto e San Bernardo, na região metropolitana”, afirmou Sebastián Piñera.
As manifestações que tiveram início contra o aumento das passagens do transporte coletivo tomaram grandes proporções e uma grande radicalização, com enormes protestos, confrontos com a polícia e exército, e incêndio em prédios de empresas públicas que foram privatizadas anos atrás.
Os dados oficiais apontam para um grande enfrentamento e repressão, onde mais de 300 pessoas foram presas e 156 policiais ficaram feridos, cinco deles gravemente. Dezenas de viaturas da polícia e do exército foram danificados no confronto.
A radicalização das manifestações está tão grande que após decretado o Estado de Emergência, o chefe de Defesa Nacional do Chile, major-general Javier Iturriaga del Campo, responsável pela segurança durante o estado de emergência decretou também o toque de recolher na região.
“Tendo analisado a situação e os excessos que ocorreram hoje e levando em conta a obrigação legal que temos de proteger as pessoas e suas propriedades, tomei a decisão de decretar a suspensão da liberdade de movimento pessoal por meio de um toque de recolher total”, disse Iturriaga.
O descontentamento contra as medidas neoliberais impostas pela direita em diversos países está levantando a população contra esses ataques. A crise se agrava em vários países da America Latina e coloca rem xeque a política do imperialismo para a região.