É cada vez mais comum, após o golpe de estado e o inicio do mandato de Witzel no Rio de Janeiro, a aparição de casos e mais casos envolvendo a prisão, assassinato, desaparecimento e tortura de moradores, muitas vezes jovens e negros, das periferias do estado pelas mãos dos policiais.
Após o caso da menina Ágatha, entre tantos outros, a revolta presa na garganta da população esmagada começou a se manifestar em todos os locais e, mais uma vez, devido a repressão policial, ela voltou a ser manifestada, com a prisão de um jovem negro, de apenas 18 anos, acusado de portar drogas, quando nada se tem de provas e todas as testemunhas denunciam o fato como uma armação.
A PM forjar provas para incriminar moradores pobres não é nenhuma surpresa, principalmente depois do aval dado pelos fascistas que comandam o estado do Rio e o próprio Brasil, liberando o massacre generalizado. Dessa forma, Ryan Dias, estudante do ensino médio e morador da Favela do Dique, fora preso no último dia 4, enquanto se escondia de um tiroteio feito pela PM contra os moradores, em mais uma operação criminosa nas favelas cariocas.
Ryan, como todos os cidadãos que vivem sob estas condições, sabe o que representa os órgãos de repressão do estado nas comunidades. O mesmo já anteriormente havia denunciado nas redes sociais estas operações, sendo que dessa vez, ele tornou-se a vítima.
O jovem tinha pretensões em cursar uma faculdade, fazer o ENEM, etc. Todas essas metas, de acordo com a mãe, manchadas por causa de sua prisão.
O impacto do ocorrido foi grande, a comunidade, familiares, colegas de escola e professores estão desde então se mobilizando, protestando em todos os meios possíveis defendendo sua liberdade, pois o jovem garoto é mais uma vítima do estado brasileiro.
Ryan, Ágatha, e tantos outros, são representações extremas que chegam a superfície e aparecem minimamente na imprensa nacional. Além destes, muitos são aqueles que são assassinados, tem suas prisões forjadas e sofrem de tortura nas mãos das policias brasileiras, pessoas essas que, como no período da ditadura, talvez nunca venhamos a de fato conhecer.
A política de repressão no estado do Rio de Janeiro é uma bomba relógio. O estado passa por uma enorme crise política e social, sua população cada dia mais esmagada está a ponto de explodir, as ocupações militares se mostraram insuficientes para contar a revoltar popular e as amplificaram. Hoje não quem diga que o povo não está revoltado, basta agora as direções da esquerda mostrarem o caminho da mobilização, concentrarem essa revolta nos inimigos do povo, Witzel, Bolsonaro e todos os golpistas.