No último dia 3, o presidente do Equador, Lenin Moreno, decretou o fim do subsídio do governo para os preços dos combustíveis, que passou então a seguir o preço internacional com ajustes mensais. Somada à supressão de direitos trabalhistas, a situação provocou enormes manifestações que ocorrem nas ruas do Equador até o presente momento.
O aumento do preço dos combustíveis foi abrupta, com uma diferença de 120% da noite pro dia, o que provocou uma paralisação geral dos trabalhadores dos transportes, sobretudo caminhoneiros, já que com essas mudanças, o setor de transporte enfrentava condições inviáveis.
As mudanças nas leis trabalhistas também causaram grandes impactos. Os terceirizados do governo tiveram uma redução salarial de 20%, e uma redução dos dias de férias dos servidores públicos de 30 para 15 dias.
As manifestações que tomam as ruas de Quito, capital do país, estão repercutindo no mundo inteiro, com imagens de civis botando tanques de guerra para correr, ruas completamente lotadas de gente, e uma enorme participação da população indígena.
A população está revoltada com as traições de Moreno, que elegeu-se como herdeiro de Rafael Correa, mas em pouco tempo foi no sentido contrário de todas as promessas que fez a população e esquerda do país. Aliou-se a direita e perseguiu Correa, além de ter entregue nas mãos do imperialismo o jornalista Julian Assange.
O confronto está tão intenso que o governo equatoriano teve que mudar sua capital para Gauyaquil fungindo dos manifestantes.
Como respostas às manifestações, o governo está usando as forças armadas contra a população, que por sua vez usam tanques, Jeeps e blindados contra os manifestantes.
A repressão porém não está surgindo o efeito esperado, pois a onda de protestos só aumenta.
Ficou claro que os ataques feitos a população estão provocando enormes conflitos com todos os setores explorados. Não somente no Equador, mas no continente inteiro o plano neoliberal que está sendo empurrado goela a baixa da população, porém em países como Argentina e Brasil, parte da esquerda aposta em esperar às próximas eleições para “resolver” a situação. O certo a se fazer é enfrentar esses governos, passando por cima da repressão e das promessas sem fundamentos de que resolveremos nas eleições, pois este caminho até agora só fortaleceu a burguesia.