Com o final de ano, são publicadas as regras para a atribuição de aulas do ano seguinte, porém as regras sempre são uma “bomba” na cabeça dos professores efetivos e temporários.
Esse ano não foi diferente, após todas as medidas arbitrárias e bárbaras do governador golpista e fascista João Doria, vem dificultar ainda mais a vida dos professores com novas regras de atribuição de aulas.
Uma das mudanças é forçar os professores a pegarem o número máximo de aulas, pois serão mais bem pontuados, totalmente diferente da regra antiga em que os pontos eram contados por dias trabalhados.
Essa mudança é um absurdo, pois professores mais novos terão mais pontos que os mais antigos. Isso fere os princípios do magistério, em que a experiência contava pontos e era requisito de classificação.
Os pontos em caso de títulos, quando os professores passam em concurso, não serão mais computados. No caso de mestrado e doutorado, esses títulos valerão menos da metade do que valiam: mestrado, de 5 para 2 pontos e doutorado, de 10 para 4 pontos.
Agora o que vai valer mesmo é o professor ficar em sala de aula, um absurdo, pois deveríamos reduzir o tempo com alunos e aumentar o estudo e o tempo livre dos docentes.
Com a redução da jornada, diversos problemas na escola seriam resolvidos, como o número excessivo de licenças e aumento do número de aulas, com isso, aumento de postos de trabalho, exclusividade em uma só escola, esse e outros problemas, como professores sem aula e horário coincidindo, pois isso ocorre devido ao número excessivo de aulas e ATPCs.
A política de desmonte e sucateamento do magistério, continua criando dificuldades para o trabalho dos professores, além dos salários miseráveis e de condições inadequadas que provocam doenças em milhares de professores da rede estadual de ensino.
Somente a mobilização da categoria em escala nacional, com ocupação de escolas vai reverter essas e outras arbitrariedades promovidas pelos golpistas de plantão.