De acordo com Organização Mundial do Comércio (OMC), a estimativa de crescimento para este ano já não é de 2,6% como previsto anteriormente, o valor, todavia, não passará de 1,2%. Já para 2020, está prevista uma queda de 3% para 2,7%.
As revelações expressam a estagnação do capitalismo, a desaceleração da economia e o resultado dos conflitos comerciais entre os países imperialistas e os países de economia emergente ou debilitada. Em comparação à 2018 que teve um crescimento de 3%, pode-se perceber uma queda gradual da economia global, deixando exposta a debilidade em que o sistema capitalista se encontra. Não por acaso, os cães de guarda da burguesia já foram acionados em diversos locais, visto o crescimento de setores de extrema direita mundo afora, o que denota, também, a incapacidade de setores tradicionais da burguesia em conter a crise do regime.
Ainda segundo dados do relatório publicado nesta terça-feira (1) pela própria OMC, “os riscos negativos permanecem altos”. O receio se dá, acima de tudo, em razão de conflitos como a guerra comercial entre Estados e China que, por sua vez, atordoa toda a economia mundial, levando empresas a adiarem investimentos. Ademais, a questão do “Brexit desordenado” e mudanças na política monetária e fiscal de diversos países somam-se ao clima de tensão.
Os dados permitem, claramente, uma projeção de agravamento dos conflitos entre os países de economia mais desenvolvida e os países menos desenvolvidos. A crise do sistema capitalista encontra-se em situação alarmante. Essa é apenas mais uma expressão da crise mundial do capitalismo, que anuncia uma etapa catastrófica e de grande agitação política.