Poeta, médico, revolucionário, líder do movimento de independência de Angola, primeiro presidente do país. Agostinho Neto é a principal figura da revolução Angolana, que pôs fim ao regime colonial no país africano. Além disso, é um dos maiores poetas da língua portuguesa, com poemas que abordam temas como o racismo, a dominação europeia na África e filosofia. Esse era Agostinho Neto.
A Universidade do Porto, em Portugal, em conjunto com a Fundação António Agostinho Neto, acabam de inaugurar uma cátedra com o nome do poeta. A cátedra tem o intuito de aprofundar os estudos sobre a poesia do grande líder angolano.
A universidade receberá, dessa maneira, apoio financeiro e logístico para os estudos em obras de Agostinho Neto, de maneira que seja possível, não somente realizar estudos das obras, mas também que se dissemine sua poesia no país europeu.
É o segundo acordo feito pela fundação junto a universidades europeias. A primeira foi a com a Universidade de Roma Tre, na Itália.
Agostinho tem sua história entrelaçada com Portugal. Não só lutou contra a metrópole portuguesa durante o período de independência de Angola, como estudou medicina em Coimbra e Lisboa. Em Portugal, também, é que Agostinho toma contato com movimentos políticos, se aproxima do Partido Comunista Português (PCP) e de movimentos como o Movimento de Unidade Democrática – Juvenil (MUD-J) e da Juventude das Colônias Portuguesas. Foi também pelas mãos do regime salazarista (regime ditatorial fascista de Portugal) que Agostinho Neto foi duas vezes preso.
Durante sua prisão, é fundado o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), movimento que é formado pela união de vários grupos. É este o principal movimento a dar fim à colonização de Angola em 1974.
Agostinho Neto foi o primeiro presidente angolano, tomando posse em 11 de novembro de 1975 e permanecendo no cargo até o dia de sua morte, em 10 de setembro de 1979.