Nesta sexta-feira (27), às 18h30, acontecerá, no Centro de Formação Paulo Freire, a Plenária Lula Livre – Nordeste. O centro, que é o maior do MST em todo o Nordeste, fica no assentamento de Normandia, na cidade de Caruaru, no agreste pernambucano. Nas últimas semanas, o Centro Paulo Freire tem sido alvo do governo Bolsonaro, que, por meio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), está tentando despejá-lo.
A ordem de despejo de Normandia foi autorizada por um juiz da 24ª Vara Federal de Caruaru. Na sentença, o juiz prevê a uso de força policial:
Caso não haja a desocupação espontânea do executado no prazo concedido, expeça-se mandado de reintegração na posse, ficando desde já autorizado: a) o uso de força policial, b) o arrombamento, se necessário, c) condução coercitiva do executado para a DPF, em caso de resistência, d) a remoção dos bens móveis que estejam no imóvel e) remoção dos animais para o “Curral de Gado” do Município de Caruaru/PE, ficando desde já autorizada a doação ou o abate desses semoventes.
Normandia é uma área de litígio que já vem sendo administrada pelo MST há mais de 20 anos. O terreno foi ocupado pelos sem-terra 1º de maio de 1993 e se estabeleceu definitivamente em 1997. Em 1998, Normandia se tornou assentamento.
O Centro Paulo Freire, por sua vez, tem sido utilizado para formar os militantes da luta pela terra, recebendo, inclusive as universidades estadual (UPE), federal (UFPE) e federal rural (UFRPE), além do instituto federal (IFPE) de Pernambuco.
A ordem de despejo de Normandia é mais uma provocação do governo Bolsonaro. Por isso, é preciso intensificar a mobilização contra a direita golpista antes que os ataques aos trabalhadores do campo se aprofundem. Nesse sentido, é necessário discutir, na Plenária Lula Livre, um plano de lutas que permitam pôr em movimento o Nordeste pela liberdade de Lula e pela derrubada do governo Bolsonaro.





