Enquanto o fascista Bolsonaro fazia demagogia sobre a questão indígena em seu discurso, durante a abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), o CIMI (Conselho Indigenista Missionário) mostrava que os assassinatos de indígenas cresceram 25% no país, segundo relatório “Violência Contra os Povos Indígenas” publicado na última terça (24).
O DCO (Diário Causa Operária Online) publicou dados do relatório nesta quarta (25):
“Os dados apresentam que foram assassinados 135 indígenas, contra 110 em 2017, um grande aumento de 25%. E juntamente com o aumento dos casos de assassinatos, houve aumento de casos de invasão de terras já regulamentadas, ou seja, já passadas por todas as etapas para demarcação, de 96 para 111 (15%).
O ano de 2018 foi de ofensiva dos golpistas que deram mais um passo para a implantação de uma ditadura insidiosa e perseguição dos movimentos de luta pela terra. Isso se deu com o aprofundamento do golpe realizado em 2016, com a prisão de Lula e a impugnação de sua candidatura para levar a presidência da república o fascista Jair Bolsonaro.
Esse fato foi o aval definitivo para um avanço dos latifundiários, mineradoras e grileiros de terra sob as terras indígenas e os povos que vivem e reivindicam essas terras. Não é a toa que o próprio relatório já aponta para os dados em 2019 e um crescimento ainda maior que em 2018 da violência contra os indígenas se comparado o mesmo período de 2018 e 2019.”
Ou seja, enquanto Bolsonaro faz demagogia e dissimula sobre a questão dos indígenas e a luta pela terra, indígenas são expulsos das suas terras, quando não assassinados pelo latifundiários que receberam carta branca de Bolsonaro.
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), também se manifestou contra o discurso de Bolsonaro:
“Enquanto a Amazônia arde em chamas, o presidente anti-indígena Jair Bolsonaro segue destilando sua ignorância e racismo contra os povos indígenas do Brasil. Sob o argumento de que somos tutelados pelo estrangeiro, segue pregando sua política genocida, etnocida, anti ecológica e anti-indígena, desta vez, em meio a uma reunião entre governadores em que deveria estar buscando somar esforços por soluções para a Amazônia, e não apregoando ideias retrógradas, equivocadas e perversas, como infelizmente, é de praxe.
Um dos resultados dessa política anti ambiental é justamente o aumento colossal das queimadas no Brasil em 82% no comparativo ao mesmo período do ano passado, maior alta e também o maior número de registros em 7 anos no país, conforme divulgou o Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Bolsonaro fala de colonialismo sobre a Amazônia de maneira desonesta, enquanto incita criminosamente as invasões ilegais de nossas terras por parte de madeireiros, garimpeiros, grileiros, esvaziando órgãos ambientais como o IBAMA e o ICMBio, responsáveis pela fiscalização e execução das políticas ambientais, além de promover o desmonte de órgãos e fundos históricos como a FUNAI e o Fundo Amazônia, que poderiam estar sendo utilizados neste momento para mitigar os resultados desses crimes.
Enquanto isso, trata nossa política internacional de maneira amadora, grosseira e irresponsável, envergonha as mães, pais, avós, mulheres e trabalhadores deste país, com sua perversidade sem fim.”