O PCO, os Comitês de Luta Contra o Golpe e a Apeoesp (sidicato dos professores de São Paulo) conseguiram uma proeza no sábado (14/09) ao levar para as ruas de Curitiba, capital do Paraná, milhares de militantes que viajaram dezenas de horas de ônibus, custeados por eles mesmos, vindo de várias partes do Brasil, para exigir a liberdade do ex-presidente Lula na frente do local onde ele está preso, ilegitimamente, há mais de uma nos e meio.
Na avaliação da direção do Partido da Causa Operária, o ato em Curitiba foi um sucesso absoluto. Serviu para agrupar um setor muito consciente da militância brasileira, pessoas que sabem que um movimento de luta independente precisa se autofinanciar. Os próprios militantes que compareceram ao ato, com maturidade, arcaram com os custos, de cerca de R$ 300.000,00, coletivamente.
A direção do partido definiu que a próxima etapa é espalhar: levar atos gigantes pela Liberdade de Lula para todas as capitais dos estados brasileiros, encher as ruas de gente nas próximas semanas gritando as palavras de ordem centrais, “Liberdade para Lula” e “Fora Bolsonaro” como eixos fundamentais da luta política.
Mesmo depois de 3 meses de denúncias bombásticas feitas sistematicamente pelo The Intercept, a esquerda brasileira não tinha feito nenhum ato nacional pela liberdade de Lula. No ato de Curitiba, pôde-se perceber que o moral da militância estava alta. Não se viu ali demonstrações de desânimo e capitulação por parte do público. Pelo contrário, viu-se ali um setor muito aguerrido.
A transmissão do ato de sábado na frente da sede da Polícia Federal do Paraná pela internet teve enorme repercussão, com um milhão de pessoas que acompanharam a atividade pela internet, seja por meio do conjunto da imprensa do Partido ou por portais de esquerda como o Brasil 247, a Revista Fórum e o Viomundo, e até mesmo os perfis do ex-presidente Lula nas redes sociais.
O companheiro Rui Costa Pimenta, presidente do Partido da Causa Operária, do alto de um carro de som, percorrendo as ruas de Curitiba até o local onde está preso o ex-presidente Lula, disse ao microfone: “Eu acho que o ato é uma realização extraordinária de quem veio, o ato não é um ato muito grande, mais de mil pessoas que estão aqui, mas eu acho que nós começamos a romper essa paralisia que existe em relação às necessidades de luta atuais.”
Agora é a hora de expandir esses atos e levá-los às grandes capitais de todo o Brasil, afinal, liberdade para Lula e Fora Bolsonaro são duas vontades claras do povo. Por Curitiba ser o local onde aprisionaram Lula injustamente, de modo totalmente ilegal e fraudulento, é simbólico que o primeiro ato aconteça lá.
Contudo, a luta não se faz só de simbolismo, por isso o PCO convoca todos os movimentos sociais, partidos de esquerda e simpatizantes a ajudar a levar essas manifestações pelo Brasil inteiro. Está mais do que na hora de romper com essa paralisia que tem tomado conta da esquerda, as condições para uma ofensiva contra a extrema-direita estão dadas, daí a importância de expandir esses atos.
A extrema-direita chegou ao poder através de muita fraude e prisões políticas, como a de Lula, e esse quadro que remonta os moldes políticos da ditadura não pode ter espaço para avançar. A população não irá aguentar quatro anos de Bolsonaro.