No último dia 6 de setembro, um funcionário da FUNAI foi morto a tiros na cidade de Tabatinga, localizada no extremo oeste do estado do Amazonas. Maxciel Pereira dos Santos trabalhava há mais de 12 anos na instituição.
Ele atuava na base da Funai de Ituí-Itacoaí, localizada a 40 km da cidade de Atalaia do Norte. A cidade fica localizada no chamado Vale do Javari, uma região onde concentra o maior número de povos indígenas não contactados até hoje. A região também é marcada pela violência, consequência dos interesses das mineradoras, madeireiros e latifundiários da região.
Desde do ano passado, por exemplo, a Associação dos Servidores da Fundação Nacional do Índio registrou cerca de quatro ataques à funcionários da instituição na região.
O assassinato de Maxciel é parte da ofensiva da direita contra as comunidades indígenas, ativistas e lideranças em todo o país. Desde o golpe de estado, e após as fraudulentas eleições que levaram ao poder o governo golpista de Jair Bolsonaro. A violência, as mortes e a perseguição contra as comunidades indígenas só aumenta.
É preciso impulsionar a organização dos comitês de autodefesa nas comunidades, além de ampliar a mobilização popular pelo Fora Bolsonaro. É necessário colocar abaixo o regime golpista de terror contra os povos indígenas.