Em matéria publicada na Folha de S. Paulo (08/09/19), revela-se que os procuradores da Lava Jato procuraram vazar áudios de forma ilegal e de forma seletiva para facilitar o golpe contra Dilma Rousseff e a prisão do ex-presidente Lula, preso político desde 2018. Uma manobra que acabou levando Bolsonaro ao poder através de eleições fraudulentas, uma vez que o candidato da população (Lula) foi impedido de concorrer.
Em 16 de março de 2016, Sérgio Moro tornou públicos de forma ilegal áudios vazados entre o ex-presidente Lula e a então presidente Dilma Rousseff, tratando sobre a posse do petista para o Ministério da Casa Civil, que foi impedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a direita golpista, Lula teria aceitado o convite de Dilma para transferir seu julgamento de Curitiba (Lava Jato – Moro) para o Supremo Tribunal Federal. Porém, a reportagem da Folha de S. Paulo teve acesso a anotações de agentes que monitoraram Lula, com resumos de 22 conversas grampeadas após a interrupção da escuta. As conversas foram gravadas pois as operadoras de telefonia demoraram para cumprir ordem de Moro e continuaram captando as ligações do ex-presidente.
Os diálogos gravados e não divulgados dão conta de conversas de Lula com sindicalistas, com o então vice-presidente golpista, Michel Temer e outros políticos, e revelam que Lula relutou em aceitar o pedido de Dilma Rousseff para se tornar ministro, e que só aceitou após muita pressão dos aliados.
Segundo o jornal golpista de São Paulo:
Embora os registros mostrem que os policiais prestaram atenção a todas as conversas do ex-presidente, o telefonema de Dilma foi o único que a PF anexou aos autos da investigação sobre Lula nesse dia antes que Moro determinasse o levantamento do sigilo do processo.
Mensagens que integrantes da Lava Jato trocaram no aplicativo Telegram, obtidas pelo Intercept e analisadas em conjunto com a Folha, mostram que um dos policiais na escuta alertou os investigadores para o telefonema de Dilma assim que ouviu a ligação e foi instruído a produzir um relatório.
Não foi o que ocorreu com as outras conversas. O mesmo agente usou o Telegram para avisar que Lula também falara com Temer e fez um resumo do primeiro diálogo entre eles, com duas horas de atraso. Nenhum dos investigadores que participava do grupo reagiu à informação no Telegram.
Desta forma, a Polícia Federal atuou em conjunto com a Lava Jato para conspirar contra o ex-presidente, o que não é novidade para ninguém.
Dallagnol foi adiante e revelou que o objetivo dos vazamentos era político.
Veja partes da reportagem da Folha destacadas:
Para Andrey Borges de Mendonça, seria difícil defender a divulgação da conversa de Dilma por causa do horário em que ocorrera, mas a maioria discordou. “O moro recebeu relatório complementar e o incorporou”, disse Carlos Fernando. “Nesta altura, filigranas não vão convencer ninguém.”
Deltan entrou tarde na discussão e se alinhou com Carlos Fernando. “Andrey No mundo jurídico concordo com Vc, é relevante”, disse. “Mas a questão jurídica é filigrana dentro do contexto maior que é político”
Mendonça disse concordar com o chefe da força-tarefa, mas insistiu. “Isso tera q ser enfrentado muito em breve no mundo juridico”, escreveu. “O estrago porem esta feito. E mto bem feito”. Era tarde, e os outros integrantes do grupo não se manifestaram mais sobre o assunto.
Desta forma, Dallagnol afirmou que o contexto da divulgação do áudio não tinha nada de jurídico, uma vez que foi totalmente ilegal; o objetivo (“o contexto maior”) foi político. Isto é, uma campanha política contra o PT, contra Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula.
Os áudios divulgados pelo The Intercept revelam a ilegalidade da forma que atuou a operação Lava Jato contra Lula e os membros do PT. Por isso, a operação precisa ser totalmente cancelada e todos os processos decorrentes dela. Anular todos os processos contra Lula e exigir sua liberdade! Todos à Curitiba no dia 14 de setembro.





