Um dos fatores que demonstram a crise do regime capitalista no atual contexto, é o crescimento da extrema-direita nos principais países da Europa. As eleições estaduais que ocorreram na Alemanha no último domingo, 1, demonstram claramente este fator político.
Enquanto que os partidos do centro político alemão, como a União Democrata-Cristã, da atual chanceler Angela Merkel, e o Partido Social-Democrata (SPD), mesmo conquistando a maioria dos votos, nas suas respectivas regiões, Saxônia e Brandeburgo, a votação de ambos foi menor do que nas eleições de 2014. A UDC obteve 33,1% dos votos, seis pontos percentuais a menos do que 2014, e o SPD conseguiu 26,8%, cinco pontos a menos em comparação com a última eleição.
Por outro lado, mesmo não obtendo a maioria, o partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) conseguiu triplicar os votos na Saxônia, alcançando 28%, e dobrar em Brandeburgo, atingindo 24,5%, em comparação com as eleições de 2014.
Os índices de votação na Saxônia e em Brandeburgo foram os seguintes: CDU teve 32,8% dos votos, tendo perdido 6,6%, enquanto a AfD conseguiu 27,8%. Com menor número de votos ficou o partido A Esquerda com 10,2%, 8,7% a menos do que nas últimas eleições. O partido Verde obteve 8,2% e o SPD 6,6%.
Em Brandemburgo, o SPD ganhou com 26%, número próximo dos 23,5% da AfD, que cresceu 11,3%. A CDU conseguiu 15,7% (-7,3%), A Esquerda obteve 10,8%, uma queda de 7,8% e o Partido Verde 10,7%, o dobro de 2014, que foi de 2,4%.
Os números mostram a falência do regime político tradicional, os principais partidos que historicamente se mantiveram à frente do poder, perderam parte da sua votação. Ao mesmo tempo a extrema-direita avança, o que não é um fenômeno exclusivo da Alemanha, mas ocorre em todos os países do mundo, como na Itália, na Espanha, na França, entre outros. O que, mais uma vez, é uma clara demonstração da profundidade da crise do regime capitalista.





