Já ficou mais do que provado que o centrismo de esquerda em qualquer país, na verdade, significa uma preferência ela direita. Assim mostra o PD (Partido Democrata) da Itália, montando um governo de coalizão com o Movimento 5 Estrelas. Essa é uma tentativa de impedir o crescimento da extrema-direita por vias institucionais, o que já ficou comprovado que não funciona em nenhum lugar do mundo, já que a extrema direita é conhecida por passar por cima de qualquer decisão democrática.
Agora, um acordo político foi firmado entre o Partido Democrata e o M5S, anti-sistema, nesta quarta-feira (28), liderado pelo primeiro-ministro Giuseppe Conte. Para Luigi Di Maio, vice primeiro-ministro da Itália, esse apoio de Conte será uma garantia para o Movimento 5 Estrelas, numa crítica ao seu ex-aliado Salvini. Em vez de enfrentar a extrema-direta, a esquerda procura fazer manobras junto com a burguesia, que no final das contas apoia a própria extrema-direita se precisar.
Seguindo essa lógica, essa manobra servirá apenas para manter em funcionamento um regime político em crise. O correto a se fazer seria chamar novas eleições, já que o governo vigente teve pouquíssimos votos, fazendo com que a população participe ao máximo desse processo e se posicione contra a extrema-direita. Essa coalizão é pura farsa, já que o Movimento 5 Estrelas era aliado de um partido de direita, a Liga.
Salvini e o M5S haviam rompido relações por divergirem sobre a chama da eleições antecipadas. Ao que tudo indica, se não houver objeções por parte do presidente Sergio Mattarella, o novo governo de coalização deverá entrar em vigor a partir da semana que vem com seus novos ministros, após isso, Conte passará por mais duas casas Parlamentares para oficialmente assumir seu posto.
Segue o vídeo da Análise Internacional com Rui Costa Pimenta sobre a Itália:





