Terça-feira (27), mais uma revelação do The Intercept Brasil reforçou que o ex-presidente Lula jamais teve direito a um julgamento. Lula foi vítima de uma inquisição conduzida por adversários políticos. As mensagens reveladas pelo Intercept mostram que os procuradores da Lava Jato nutriam um ódio pessoal contra seu perseguido político. Em conversas privadas em um grupo de Telegram, os procuradores faziam ironias sobre a morte da esposa de Lula, Marisa Letícia, sobre a morte de seu irmão, e até mesmo de seu neto, de sete anos de idade.
O teor das conversas demonstra o ódio contra Lula dentro da Lava Jato. As denúncias contra as arbitrariedades do processo de Lula começaram assim que Lula foi levado para prestar o primeiro depoimento. Naquela ocasião, em 2016, o ex-presidente foi conduzido coercitivamente sem nem mesmo ter sido convidado a depor antes. Depois, em seu primeiro depoimento em Curitiba diante do então juiz Sérgio Moro, sua defesa foi atacada diversas vezes. Moro chamaria a defesa de Lula de “showzinho” em uma conversa privada na noite daquele mesmo dia, conforme revelado esse ano pelo Intercept. E assim foi o processo do começo ao fim, marcado pelo atropelamento dos direitos do ex-presidente.
O fato é que Lula estava condenado desde o começo do processo, porque isso atendia aos interesses políticos da direita golpista. Era necessário tirar Lula das eleições para que a direita pudesse vencer, e depois era preciso mantê-lo preso para destruir seu partidos e impedi-lo de aprofundar a polarização política no País. A raiva dos procuradores da Lava Jato contra Lula, além de revelarem a monstruosidade desses elementos reforçam as denúncias de perseguição política que vêm sendo feitas desde o início.
O que fazer contra a perseguição?
Não é por acaso que Lula é uma questão central para a direita golpista. Sua libertação poderia abalar o regime político que os golpistas estão procurando criar sobre novas bases. Por isso mesmo, além da solidariedade a um preso político confinado há 508 dias, os trabalhadores devem agir no sentido contrário. A direita procura evitar a liberdade de Lula, os trabalhadores precisam libertar Lula por meio da mobilização, para impor uma derrota à direita golpista e colocar os inimigos dos trabalhadores na defensiva, impedindo que os ataques de bolsonaro continuem.
Para isso é preciso uma grande mobilização em torno da reivindicação de liberdade para Lula. Dia 14 de setembro haverá um ato nacional em Curitiba, onde Lula é mantido prisioneiro político pela direita, para exigir a liberdade do ex-presidente. É hora de concentrar esforços para mobilizar o maior número de pessoas possível para irem a Curitiba, para derrotar a direita. Liberdade para Lula! Anulação de todos os processos!