Os indígenas da etnia Bororo tiveram que retirar crianças, grávidas e idosos da Terra Indígena Teresa Cristina, no município de Santo Antônio do Leverger, no Mato Grosso, em razão dos incêndios que atingem o Pantanal desde o início do ano. No total, 45 indígenas foram levados para o posto da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) de Rondonópolis, no último dia 13. Pelo menos outros 50 foram levados para casas de parentes. Segundo Cleidiane Koriga, que faz parte do grupo de líderes de saúde da tribo Gomes Carneiro, os indígenas retirados estavam com problemas de saúde causados pela inalação da fumaça.
O governo destrutivo de Bolsonaro, assim como seu Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, nada fazem para controlar os incêndios, assumindo a mesma postura negacionista que a pandemia. Desde o início dos incêndios, 20% da área total do Bioma do Pantanal virou cinzas, devastando a fauna e a flora. Os indígenas sente o mesmo peso, tendo suas aldeias completamente destruídas pelas chamas e sua saúde comprometida pelo contato com os gases tóxicos, o que configura um ataque não só ao meio ambiente mas também à vida humana.
Algo precisa ser feito, que não seja convocar “o ministro Salles pra que ele explique o que esse desgoverno está fazendo pra combater as queimadas”, como anunciou Marcelo Freixo em seu perfil do Instagram. Este é um dos problemas: o governo Bolsonaro não encontra resistência a altura. Ao invés de uma ação política real, que gere resultados reais, combativos, parte da esquerda, a parlamentar, fica apostando em situações inúteis, para dizer que fez algo.
A situação se agrava, as queimadas crescem e passam a atingir outros Biomas, como o Cerrado, e os indígenas sofrem as consequências. É preciso uma mobilização urgente, para combater a destruição ambiental e humana promovida pelo capital, que seja capaz de barrar os avanços destrutivos deste governo criminoso, que esteve, está e sempre estará de acordo com os latifundiários, em qualquer depoimento e em qualquer ação prática.