O governador fascista do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, que ficou famoso por ele próprio subir em um helicóptero e atirar contra a população indefesa em Angra dos Reis, deu mais uma declaração desastrosa, que revela ainda mais o seu apetite pela repressão. Surpreendendo à todos, Witzel afirmou em público, em uma atividade voltada para policiais militares em São Paulo, que era preciso fechar as delegacias de polícia civil e deixar o trabalho de registrar boletins de ocorrência nas mãos da PM.
A declaração releva primeiramente que, para Witzel, a polícia civil não é boa o bastante naquilo que para ele é o fundamental: a repressão sistemática de toda a população fluminense. O mesmo Witzel tinha dito anteriormente que iria prender quem estivesse fumando maconha na praia, uma medida ainda mais dura do que as que são previstas em lei atualmente, ou ainda quando defendeu a internação compulsória de moradores de rua que são usuários de drogas. Para o governador “surpresa” do Rio, afinal até agora ninguém conseguiu explicar como o total desconhecido Wilson Witzel ganhou as eleições ano passado, a polícia civil, que também tem um papel decisivo na repressão da população, seria muito “mole” no trato com o povo.
Imediatamente após essa bomba, surgiram reações contrárias a Witzel por parte dos policiais civis, tendo o próprio governador gravado um vídeo se retratando pela “mancada”. Levando-se em consideração que Witzel instituiu o cargo de general para PMs e bombeiros do Rio de Janeiro, numa clara manobra para fortalecer o aparato militar no estado do Rio, esta última declaração do governador agora comprova diretamente o alinhamento de Witzel com a ala direita do regime golpista.
Sendo um dos governadores mais destacadamente da extrema-direita, chegando ao ponto de ofuscar em alguns momentos o próprio Doria em São Paulo, Witzel mostra claramente como atua a direita no Brasil hoje. Por este motivo a esquerda deve denunciar e combater duramente a aproximação da direita do PT dos governos Witzel e Bolsonaro, aproximação esta que no caso do Rio de Janeiro se materializa concretamente na eleição quase que unânime de André Ceciliano, deputado estadual do PT, para presidente da ALERJ. A extrema-direita é muito perigosa e deve ser combatida em uma luta incansável nas ruas.





