A Executiva Nacional do Psol soltou nesta sexta (2), uma nota em solidariedade às “manifestações em defesas dos direitos civis” que estão acontecendo em Hong Kong, alinhando-se mais uma vez com a política imperialista. As ditas manifestações populares nada mais são do que coxinhatos, ou uma “revolução colorida” promovida pelo imperialismo britânico e norte americano contra o governo chinês.
A quem pertence Hong Kong ?
As manifestações começaram cerca de dois meses atrás, sob o pretexto de oposição a uma lei de extradição, que segundo o Psol seria “uma óbvia manobra legal que aumentaria a perseguição contra ativistas a partir da ameaça de extradição para o governo de Pequim”. Essa colocação trata a lei de extradição como se fosse entre dois países, e não entre territórios chineses.
Hong Kong é motivo de uma longa disputa geopolítica entre a China e a Inglaterra. O território foi roubado pelos britânicos após a vitória na Guerra do Ópio (1839-1842), só voltou para o domínio chinês, ainda que parcialmente, depois do início da onde contrarrevolucionária de abertura ao neoliberalismo no anos 1980. Em 1984, os britânicos aceitaram devolvê-la em 13 anos (em 1997), sob forma de Região Administrativa Especial, se os chineses mantivessem a agenda neoliberal na China.
Como Região Administrativa Especial (RAE) o imperialismo achou um modo de não devolver plenamente o território aos chineses. Hong Kong passou a possuir seu próprio judiciário, moeda e política migratória, assim como um chefe de governo executivo para governar a região.
A lei de extradição não seria mais do que um mero mecanismo jurídico entre a China e seu território.
Quem está por trás das manifestações ?
Mesmo após o governo ter voltado atrás sobre a lei de extradição, as manifestações continuaram. Agora os manifestantes lutam, segundo o Psol, por “liberdades democráticas, como o direito à livre expressão e organização política, o não processamento dos manifestantes detidos, a eleição democrática do governo local e contra o aumento da influência do governo chinês continental na região autônoma”. Fica evidente que na verdade são manifestações contra a atual Chefe do Executivo, Carrie Lam, e contra o governo chinês.
Seriam jovens estudantes que estariam por trás das manifestações pedindo pela renuncia de Lam e medidas democráticas. Essa última reivindicação é uma velha cartada do imperialismo, que em sua propaganda usa reivindicações ocas como a luta contra a corrupção (usada no Brasil), ou a luta por democracia para dar legitimidade aos golpes que orquestram.
O que escancara o envolvimento do imperialismo, além das reivindicações ocas, são a presença de bandeiras norte-americanas em protestos. Na invasão desses manifestantes ao Parlamento de Hong Kong, a aproximadamente 1 mês atrás, além de depredarem as instalações, as pichações de dizeres contra o governo chinês e a administração da província autônoma, o que mais chamou a atenção foi a colocação da antiga bandeira colonial britânica no lugar do atual brasão de Hong Kong.
O forte apoio dos imperialistas às manifestações, e o fato de representantes das potências europeias e dos EUA, terem se reunido com a oposição do governo em Hong Kong, deveria deixar uma pulga atrás da orelha de qualquer um. Figuras como o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, e com a presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, estão em constantes reuniões com a direita local.
Ao que tudo indica, a Executiva Nacional do Psol, prefere acreditar veemente na versão da imprensa imperialista do que nos órgãos oficiais do governo de Hong Kong e no Governo chinês, pois acusam-no de omissão de informação e não terem credibilidade.
Apesar da dificuldade de acesso à informação e da falta de credibilidade dos dados oficiais, os duros ataques da imprensa oficial sugerem possibilidades de uma crise ainda maior.
Em todos os aspectos estão repercutindo a política do imperialismo, descredibilizando as autoridades locais sem nunca questionar a versão apresentada pelos monopólios da imprensa internacional, cuja versão dos fatos é idêntica à apresentada pelo Partido Socialismo e Liberdade.
O objetivo final dessas manifestações é desestabilizar o governo de Xi Jinping. Os Estados Unidos estão se empenhando em uma guerra econômica contra as gingantes chinesas como a Huawei, mas a empreitada tem sido um retumbante fracasso, por isso para frear a China estão partido para golpes como os executados no Brasil, Equador, Ucrânia, Egito, Nicarágua etc.. O cerco dos imperialistas aos países atrasados para derrubar os governos nacionalistas aumenta cada vez mais, o intuito é derrubar qualquer resistência à pilhagem desses países.