No dia 18 de setembro deste ano de 2020 comemora-se 169 anos da publicação da primeira edição do jornal The New York Times. Em sua primeira edição, seu nome ainda era New-York Daily Times. Foi fundado pelo político Henry Jarvis Raymond, também conhecido como o padrinho do Partido Republicano dos Estados Unidos, e pelo ex-banqueiro George Jones.
O The New York Times (chamado também apenas de NYT) passou a ser chamado dessa forma em 1896. No momento de sua criação, era um jornal publicado diariamente, exceto aos domingos. A partir de 1866, durante a Guerra Civil Americana, ganhou também uma edição dominical, que se mantém até hoje.
A partir de 1996 também começou a ser publicado na internet, desenvolvendo um conteúdo online diferenciado e não apenas repetindo o que era publicado na sua edição impressa. A partir de 2010, começou a cobrar pelo acesso dos leitores às notícias no seu site. Isso se dá, também, pela crise econômica de 2008, que afetou profundamente a empresa. No entanto, o jornal se mantém vivo até hoje, sendo o 18º maior jornal do mundo em circulação, e tendo recebido 130 prêmios Pulitzer, mais do que qualquer outra publicação.
Hoje, é também um dos maiores jornais dos Estados Unidos e representa, junto com outros com o The Wall Street Journal, uma das principais vozes do imperialismo norte-americano e mundial. Ele fez importantes campanhas em prol das políticas do imperialismo, algumas que geraram até controvérsias em seu próprio país de origem.
Entre elas, está o apoio aberto da publicação à Guerra do Iraque, uma empreitada do imperialismo que foi muito mal vista pelo resto do planeta, e que levou à destruição deste que era um dos países mais avançados do Oriente Médio. Uma das maiores polêmicas deste período envolvendo o Times foi a publicação de uma matéria de capa de 2002 que afirmava que o governo iraquiano estava produzindo armas nucleares, o que serviu de pretexto para a invasão norte-americana e revelou ser um fato falso alguns anos depois.
Além disso, o New York Times também foi criticado por seu posicionamento no que diz respeito ao conflito entre Israel e a Palestina, tendo sido observado por um estudo realizado pelo Harvard International Journal of Press/Politics sua posição fortemente pró-Israel sempre que realizava uma cobertura do conflito.
A história do New York Times e o seu tamanho revela a importância que um jornal impresso tem para a burguesia. Nesse sentido, ela também mostra o quão fundamental é a construção de um jornal que defenda os interesses da classe operária, que deve ter seus próprios meios de comunicação independentes da burguesia, a fim de travar propriamente uma luta política.